Uma pesquisa realizada pela Universidade de Warwick criou um sistema de controle genético que torna as plantas mais resistentes aos efeitos causados pelas doenças. A equipe de cientistas foi liderada pelo professor Declan Bates, que é integrante do Centro de Biologia Sintética da Warwick (WISB) e pela professora Katherine Denby, da Universidade de York, que também é ao WISB.
De acordo com os pesquisadores, quando os patógenos atacam as plantas além de obterem energia e nutrientes, eles também enfraquecem seu sistema imunológico, as deixando mais vulneráveis. com base nisso, os cientistas reconfiguraram geneticamente a Arabidopsis thaliana para que houvesse um processo de realimentação de defesa para o combate da doença, fazendo com que ela permaneça mais saudável e produtiva.
Além disso, não é necessário adicionar circuitos externos para que isso aconteça, apenas a reconexão dos mecanismos naturais de defesa das plantas já é suficiente para aumentar drasticamente seus níveis de resistência. de acordo com Bates, a pesquisa é importante por ser uma forma de aplacar as perdas sofridas pelos alimentos cultivados ao redor do mundo.
“Doenças, secas e temperaturas extremas causam perdas significativas no rendimento de plantas cultivadas em todo o mundo, ameaçando a segurança alimentar global. Portanto, é crucial explorar novas maneiras de desenvolver culturas que sejam resistentes a ataques de patógenos e possam manter a produtividade em ambientes desafiadores. O estudo mostra o enorme potencial de usar o controle de feedback para fortalecer os mecanismos naturais de defesa das plantas “, explica.
Agora, segundo ele, o próximo passo é implementar experimentalmente as plantas cultivadas em ambiente externo. Para Denby esse estudo, que foi publicado na ACS Biologia Sintética, pode ser a solução não apenas para minimizar o desperdício de culturas, mas também para criar um sistema alimentar mais sustentável.
“O que é empolgante aqui é aplicar princípios de engenharia à biologia vegetal para prever como redesenhar a regulação genética de genes para melhorar a resistência a doenças. Usamos a reconexão de genes existentes na planta para evitar a manipulação de patógenos “, finaliza a pesquisadora.
Fonte: Agrolink –Leonardo Gottems
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