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Guerra comercial altera mercado global de alimentos 

Os chineses estão buscando outros mercados como forma de evitar comprar alimentos dos EUA

Analistas estão afirmando que a guerra comercial travada entre a China e os Estados Unidos está alterando gradativamente o mercado mundial de alimentos. Segundo eles, as tensões entre os EUA e seus parceiros comerciais estão cada vez mais fortes, o que acaba gerando mudanças no mercado de commodities agrícolas.

De acordo com Tracey Allen, analista do banco JPMorgan, a China está comprando cada vez mais canola e, como a tensão com os EUA está aumentando, os orientais estão buscando outros mercados. “A China quer importar mais canola e colza, desde que os preços sejam competitivos”, comenta.

Já o diretor de pesquisa de commodities agrícolas do Rabobank, Stefan Vogel, afirma que a instabilidade do Acordo Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA), que envolve Canadá, Estados Unidos e México, está fazendo com que os últimos diversifiquem as suas fontes de compra do milho. Ele lembra também que o grão é um dos produtos que faz parte da lista de taxações da China. “Será difícil substituir todas as importações dos Estados Unidos, mas até 30% do necessário pode ser adquirido do Brasil, Argentina e outros países”, explica Vogel.

O algodão é outro produto que deve sofrer com a mudança de mercados, isso porque além de estar incluso na lista dos chineses, o país também é o segundo maior comprador de algodão dos norte-americanos. Para Allen, a China começará a comprar a fibra de países como Austrália, África e Brasil, mas quem irá se beneficiar mais deve ser a Índia e o Vietnã. “Os vietnamitas podem ser os beneficiários da queda do preço do algodão nos Estados Unidos”, pontua.

Os especialistas indicam que outro setor a sofrer sansões por parte da China é o de carnes, sendo que a carne bovina é o próximo produto a ganhar tarifas. Mark Bennett, diretor de agribusiness no banco ANZ, diz que essas sobretaxas irão causar problemas em vários países. “Podem em última análise restringir o acesso ao mercado e enfraquecer um importante competidor dos exportadores australianos de carne bovina”, conclui.

Fonte: Agrolink/Por Leonardo Gottems

Crédito Imagem: Domínio Público/Pixabay

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