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IBGE – Censo Agro 2017: resultados preliminares mostram queda de 2,0% no número de estabelecimentos e alta de 5% na área total

O Censo Agro 2017 identificou, até o momento, 5.072.152 estabelecimentos agropecuários no Brasil, em uma área total de 350.253.329 hectares. Em relação ao Censo Agro 2006, essa área cresceu 5% (16,5 milhões de hectares, o equivalente a área do estado do Acre).

Quanto à condição legal da terra, a proporção de estabelecimentos em terras próprias cresceu de 76,2% para 82%. Já a proporção de estabelecimentos com terras arrendadas caiu de 6,5%, em 2006, para 6,3%, em 2017.

Em 2017, havia 15.036.978 pessoas ocupadas nos estabelecimentos agropecuários. Em 11 anos, isso representa uma queda de 1,5 milhão de pessoas, incluindo produtores, seus parentes, trabalhadores temporários e permanentes. O número de tratores cresceu 49,7% no período e chegou a 1,22 milhão de unidades. Em 2017, cerca de 734 mil estabelecimentos utilizavam tratores.

O uso de irrigação também se ampliou, com aumento de 52% tanto em estabelecimentos (502.425) quanto em área (6.903.048 hectares). Além disso, o acesso à Internet nos estabelecimentos agropecuários cresceu 1.790,1%, passando de 75 mil, em 2006, para 1.425.323 produtores que declararam ter acesso em 2017.

Cerca de 15,5% dos produtores disseram nunca ter frequentado escola e 79,1% não foram além do nível fundamental. Já a participação de mulheres e idosos de 65 anos ou mais na direção dos estabelecimentos aumentou, chegando a, respectivamente, 18,6% e 21,41%. Em 2006, as mulheres representavam 12,7% dos produtores e os idosos, 17,52%. Além disso, pela primeira vez, o Censo Agro investigou a cor ou raça dos produtores: 52% deles eram pretos ou pardos e 45% eram brancos, distribuição semelhante à da população do país.

Esta divulgação preliminar do Censo Agropecuário 2017 traz informações sobre as características do produtor agropecuário e dos estabelecimentos; a condição legal das terras e do produtor; pessoal ocupado; infraestrutura dos estabelecimentos; características da pecuária e da produção vegetal (efetivos e produtos da silvicultura, horticultura, floricultura, extração vegetal, lavouras permanente e temporária), entre outros temas.

No Nordeste, estabelecimentos perdem 9,9 milhões de hectares

Entre 2006 e 2017, a área total ocupada por estabelecimentos agropecuários cresceu 5,0% (16.573.292 hectares, o equivalente ao estado do Acre, aproximadamente), apesar da redução de 2% (103.484) no número de estabelecimentos. Quando se excluem os produtores sem área (apicultores, extrativistas, criadores de animais em beira de estradas), porém, há um aumento de 74.864 estabelecimentos no período. Diferenças metodológicas contribuíram para que total de produtores sem área caísse de 255.019, em 2006, para 76.671 em 2017.

Apenas o Nordeste teve queda tanto no número (menos 131.565) quanto na área (menos 9.901.808 ha – aproximadamente, o estado de Pernambuco) dos estabelecimentos agropecuários. Já na região Sul, mesmo com a queda no número de estabelecimentos (menos 152.971), houve aumento na área (mais 1.082.517 ha).

Proporção de terras arrendadas passa de 4,5% para 8,6% da área total

Em relação à condição legal das terras, entre 2006 e 2017, a proporção de estabelecimentos que declararam terras próprias aumentou de 76,2% para 82%; porém, a participação da área de terras próprias diminuiu de 90,5% para 85,4%. Já a proporção de terras arrendadas reduziu-se de 6,5%, em 2006, para 6,3%, em 2017, mas a participação da área da modalidade cresceu de 4,5% para 8,6%. Os estabelecimentos com terras em “comodato ou ocupadas” variaram de 9,7% para 9,6%, com reflexo de 2,2% para 2,8% na área.

Áreas de matas naturais em estabelecimentos agropecuários crescem 11,4%

Em relação ao uso da terra nos estabelecimentos agropecuários, entre 2006 e 2017, observou-se redução de 31,7% na área utilizada para lavouras permanentes, como frutas e café, por exemplo. Já a área destinada a lavouras temporárias, como grãos e cana de açúcar, cresceu 13,2%.

Houve, também, redução de 18,7% nas áreas de pastagem natural e crescimento de 9,1% nas áreas destinadas a pastagens plantadas. O Censo mostra, ainda, elevação da quantidade de hectares destinados a matas naturais (11,4%), que são as florestas naturais, e plantadas (79,2%), que são as áreas destinadas a silvicultura.

O número de tratores cresce 49,7%

O número de tratores aumentou 49,7% (407.916 unidades a mais) na comparação com o Censo Agropecuário de 2006, chegando a 1.228.634 unidades em 30 de setembro de 2017. Já o número de estabelecimentos que utilizavam este tipo de máquina aumentou em mais de 200 mil, alcançando um total de 733.997 produtores em 2017.

Área irrigada em estabelecimentos cresce 52%

Em 2017, 502.425 estabelecimentos agropecuários disseram usar algum método de irrigação, enquanto o total da área irrigada no país foi de 6.903.048 hectares. Em relação ao Censo Agropecuário 2006, observou-se um aumento de 52% no número de estabelecimentos com irrigação em suas terras e de 52% na área irrigada.

Acesso à Internet cresce 1.790,1%

Em 2017, 1.425.323 produtores declararam ter acesso à internet, sendo que 659 mil (46,2%) através de banda larga, e 909 mil (63,77%), via internet móvel. Em 2006, o total de estabelecimentos agropecuários que tinha acesso à internet era de apenas 75 mil, o que representa um aumento de 1.790,1% em 2017.

O acesso ao telefone também cresceu. Pode-se destacar a evolução observada na existência do aparelho nos estabelecimentos, passando de 1,2 milhão para 3,1 milhões de propriedades com acesso a telefone entre 2006 e 2017, um acréscimo de 1,9 milhão ou 158%.

Em 2017, 79,1% tinham instrução até ensino fundamental

Do total de produtores, 15,5% declararam que nunca frequentaram escola; 29,7% não passaram do nível de alfabetização, e 79,1% não foram além do nível fundamental. Além disso, 1.163.354 produtores (23,05%) declararam não saber ler e escrever. Por outro lado, apenas 0,29% dos produtores (14.449) frequentaram mestrado ou doutorado, enquanto outros 5,58% (281.606) cursaram ensino superior.

Mulheres e idosos aumentam participação entre produtores

Entre 2006 e 2017, o total de estabelecimentos nos quais o produtor é do sexo feminino elevou-se de 12,7% para 18,6% (945.490 pessoas), enquanto os homens passaram de 87,3% para 81,4% (4.100.900) do total.

Quanto à idade, houve redução na participação dos grupos de menores de 25 anos (3,30% para 2,03%), de 25 a menos de 35 (13,56% para 9,49%) e de 35 a menos de 45 (21,93% para 18,29%), enquanto os grupos mais velhos aumentaram sua fatia: de 45 a menos de 55 (23,34% para 24,77%), de 55 a menos de 65 (20,35% para 24,01%) e de 65 ou mais (17,52% para 21,41%).

Em números absolutos, o fenômeno se repete, com os grupos até 45 anos em queda e altas nas classes superiores. O maior efetivo se concentra no grupamento de 45 a 55 anos, que conta com 1.221.953 produtores, enquanto o maior crescimento ocorreu na classe de 55 a menos de 65, que ganhou 131.005 integrantes na comparação entre 2006 e 2017.

Pretos e pardos somam 52% dos produtores

A cor ou raça do produtor que dirige o estabelecimento foi pesquisada pela primeira vez em um Censo Agropecuário. Isoladamente, a população branca é a maior entre os produtores, com 45% (2.291.153 pessoas), seguida de perto pela parda, com 44% (2.242.993), além de 8% da população preta (422.595). Completam os números os indígenas e os de cor amarela, com 1% (56.183) e 0,6% (33.463), respectivamente.

Na comparação com os números do módulo de Características Gerais dos Moradores e dos Domicílios da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), de 2017, pode-se notar que a ­, sendo apenas um pouco maior o percentual de brancos (45% entre produtores e 43,6% no total da população) e ligeiramente menor entre os pardos (44% entre produtores contra 46,8% no total). Já o número de pretos é semelhante, com 8,6% da população geral, contra 8% entre os produtores.

Fonte/crédito: IBGE

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