Um dos pontos fortes da descoberta é o baixo custo da produção
De acordo com Paul Christou, pesquisador ICREA na Universidade de Lleida e líder do estudo, a produção dessa variedade de arroz pode ser realizada a um custo baixo, o que beneficiaria os países que mais sofrem com o vírus. Ele acrescenta ainda que o processo é totalmente seguro, não oferecendo riscos à saúde humana. “Esta estratégia inovadora é realisticamente a única maneira que os coquetéis microbicidas podem ser produzidos a um custo baixo o suficiente para os países mais tratamentos necessidade de prevenção do HIV. Além disso, fornece provas da segurança e utilidade das plantas transgênicas para tratar de um dos problemas de saúde globais mais importantes da atualidade”, explica.
Para Julià Blanco, outra autora do estudo, a descoberta, além de barata, pode se transformar em um excelente método de proteção, principalmente para as mulheres. Segundo dados do Unaids, as mulheres jovens têm duas vezes mais chances de serem infectadas do que os homens de sua idade.
“A produção de arroz não só reduziria os custos em comparação com as plataformas tradicionais, mas também traria benefícios em termos de poder microbicida. Em alguns casos, os microbicidas podem ser a única opção para as mulheres a prevenir a infecção pelo HIV, como homens muitas vezes são relutantes em usar preservativos”, comenta.
A pesquisa ainda indicou que as sementes de cereais seriam a plataforma de produção mais adequada para os países com poucos recursos, uma vez que as infraestruturas agrícolas já estão disponíveis e as sementes podem ser armazenadas a temperatura ambiente a longo prazo.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottens
Crédito: Domínio Público/Pixabay