O agronegócio representa nada menos que 18% do PIB (Produto Interno Bruto) indiano
Com o fechamento generalizado de fábricas por questões de controle ambiental na China, a grande alternativa mundial para investimentos na indústria de agroquímicos passa a ser a Índia. Essa foi a tônica da palestra daquele que foi uma das principais atrações desse ano na AgrochemShow: o indiano Subhra Jyoti Roy, vice-presidente da Rallis India, uma empresa da TATA Enterprise.
De acordo com o executivo, o agronegócio representa nada menos que 18% do PIB (Produto Interno Bruto) indiano, que em 2018 deve fechar em US$ 2,9 trilhões, o que representa um aumentode 7,5% sobre o ano anterior. Ele destacou que seu país já é o terceiro maior produtor de defensivos agrícolas mundial (sendo o quinto maior exportador), com um faturamento consolidado de US$ 4,9 bilhões.
Subhra Jyoti Roy apresentou diversas razões pelas quais a Índia vive um momento único de oportunidades para o Brasil e o mundo. Umas das principais razões é que o país possui alta capacidade de produção e um baixo custo. Apesar disso, os indianos possuem alta disponibilidade técnica e farto recurso humano.
Além disso, segundo ele, o país asiático possui uma grande demanda doméstica sazonal e um melhor preço de comercialização. Outra característica destacada é a forte presença de produtos genéricos, ou pós-patente, que deverão faturar anualmente significativos US$ 4,1 bilhões até 2020, segundo as projeções atuais.
Por fim, outro fator de peso na escolha da Índia como local de oportunidade de investimentos no setor de agroquímicos é o fato de o governo local ser apoiador e incentivador desta indústria. “Importadores brasileiros querem alternativas à China, e as empresas indianas estão desembarcando com força no Brasil”, concluiu.
Fonte: Agrolink por Leonardo Gottems