De butina e do campo!
A SLC Agrícola – grande produtora de grãos e fibras – obteve resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) recorde no segundo trimestre desde ano! R$159 milhões, devidos à eficiência operacional!
Incrementos de produtividade tanto para soja, quanto para algodão – 30% e 18% acima da média de 5 anos (anos findos na safra 15/16). É no campo que o agronegócio acontece!
Contudo, é preciso assegurar – como no caso – que este incremento de produtividade traga também maiores retornos econômicos! Você não avalia a produtividade isoladamente, não é mesmo?
Não caia no “achismo” de que produzir mais, é sempre sinônimo de ganhar mais! Além da produtividade no campo, como andam seus resultados financeiros?
De logística e caminhões!
Além da eficiência operacional, sabemos que a cadeia do agronegócio depende de uma série de agentes prestadores de serviços. E as consequências dos problemas na cadeia logística continuam aparecendo…
– Kepler Weber (multinacional produtora de silos e armazéns): redução de 20% na receita devido à baixa demanda por armazéns e dificuldades de escoamento;
– Heringer (misturadora de fertilizantes): volume entregue 5% menor do que o trimestre do ano passado, devido a dificuldades do escoamento;
– Seara (divisão da JBS): reportado impacto negativo de R$112 milhões devido à greve dos caminhoneiros;
O que foi feito está feito. A questão é, como lidar com o risco comercial associado à logística, ainda existente? Você, produtor, fez algo a respeito?
Armazenamento, aquisição de frotas, trava de preços, busca de parceiros, entre outros. As estratégias comerciais existentes são muitas. Porém todas, sem exceção, merecem planejamento prévio e uma boa gestão associados!
De política e legislação!?
Questões regulatórias fora da porteira trazem um ponto altíssimo de atenção ao agronegócio brasileiro. Está em pauta – sob possibilidade de ser suspenso a partir de 3 de setembro – o uso de glifosato na agricultura!
Além de tudo, mais essa! O glifosato é o herbicida mais vendido no Brasil, utilizado em momento chave (a dessecação) pré-plantio direto. Sem ele seria preciso, de alguma maneira, “remover” a cobertura do solo antes do plantio.
Alternativas existem: trocar o manejo, buscar produtos alternativos, entre outras. Todavia, estamos na esquina para iniciar os preparativos de solos para nossa safra 18/19. Como repensar tudo em questão de alguns dias?
Sem entrar no mérito da discussão socioambiental, uma coisa é certa:
Precisamos nos atentar a tendências nacionais (e mundiais) – principalmente de médio e longo prazo. Por mais que estas sejam tendências, e de certa forma incertas de ocorrerem, de alguma maneira é preciso olhar para frente, para aspectos muito além de números. E isso está no planejamento estratégico!
De moedas estrangeiras?!
Divulgados os resultados de três grandes frigoríficos: JBS, Marfrig e Minerva. Margem EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustada no segundo trimestre anual positivo para os três! Ótimo!
Porém ao avaliar impactos de despesas financeiras – principalmente variação cambial – o resultado líquido é negativo para todos! O “tio Sam” (Estados Unidos) não contribuiu desta vez.
Muitos dos compromissos dessas empresas são assumidos em outras moedas (como o dólar), e quando a taxa de câmbio varia, o montante destes também varia!
Seria justo culpar as operações por essas variações? Talvez não. Porém, o resultado líquido das empresas também é fruto do desempenho financeiro. Por falar nisso, você sabe qual a importância de um departamento financeiro?
Ainda, você julga importante ter um departamento financeiro dentro da sua fazenda? Muito além de controlar contas a pagar, este pode – e deve – auxiliar a sua gestão financeira!
