Qual a dinâmica do impacto do boro na cultura do algodão? Como as tecnologias para fertilizantes nitrogenados agregam eficiência na adubação do algodoeiro? Quais os cuidados que devem ser tomados na introdução do plantio em novas áreas? Os temas estiveram em pauta na tarde de hoje (27.08) na sala temática Alguns dos desafios da nutrição do algodoeiro, que integrou a programação do 12o Congresso Brasileiro de Algodão, que acontece no Centro de Convenções de Goiânia, em Goiás, até esta quinta (29.08).
Com a coordenação do agrônomo Leandro Zancanaro, da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), a sala temática trouxe orientações úteis para os produtores rurais trazidas por pesquisadores. Professor da Faculdade de Ciências Agronômicas, da UNESP, o agrônomo Ciro Rosolem forneceu uma visão geral sobre o uso do boro na fertilização do algodoeiro. “A cadeia do algodão está muito preparada para lidar com a deficiência do boro, mas é preciso pensar também na toxidez”, alertou o pesquisador, ao chamar a atenção para a dose adequada na fertilização.
Outro convidado da sala foi o professor do Departamento de Ciência do Solo da Universidade Federal de Lavras (DCS/UFLA), Douglas Guelfi, que apresentou um panorama das tecnologias para fertilizantes nitrogenados. De acordo com Douglas, o Brasil é o quarto maior consumidor deste tipo de fertilizante do mundo, com 425 milhões de toneladas ao ano. “A forma mais antiga de aplicação destes fertilizantes é por incorporação, mas em condições climáticas adversas, podem ocorrer grandes perdas, principalmente por volatização”, afirmou o pesquisador. Daí, segundo ele, a vantagem das tecnologias que garantem mais flexibilidade na aplicação do fertilizante, independente das condições climáticas.
A sala temática contou ainda com a participação do coordenador geral de pesquisa, diretor técnico e sócio-proprietário da Sigma Soluções Agronômicas Ltda, Nilvo Altmann, que falou sobre a introdução de algodão em áreas novas, destacando aptidões, cuidados e oportunidades.
Fonte: AgriPress