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Gestão técnica e operacional das lavouras lota sala temática do 12º CBA

Especialistas do setor discutem os desafios técnicos e operacionais das lavouras de algodão nessa sala temática que registrou grande procura por parte do público presente no primeiro dia da 12ª edição do Congresso Brasileiro do Algodão.

Fechando a segunda rodada de salas temáticas deste primeiro dia do 12º. Congresso Brasileiro do Algodão aconteceu o debate sobre os “Desafios da gestão técnica e operacional das lavouras de algodão”. Sob a coordenação da engenheira agrônoma e pesquisadora da Embrapa Algodão, Ana Luiza Borin, especialistas do setor trataram de assuntos relevantes tais como o uso de produtos químicos nas lavouras; a tendência do uso de insumos biológicos no controle de doenças; a necessidade de qualificação dos profissionais envolvidos no cultivo do algodão; a gestão da informação, da produtividade, do clima, entre outros.

“Hoje o grande problema do algodão são os nematoides. Perco grande parte da minha produção por causa deles. A única solução que enxergo é o uso dos biológicos. Contudo, tem muita coisa a ser feita, ainda estamos engatinhando, mas acho que esse é um caminho sem volta”, diz Inácio Modesto Filho, engenheiro agrônomo e diretor técnico de agricultura do Grupo Bom Futuro.

O gerente regional Centro Oeste da SLC Agrícola, Marcio José da Silveira, divide a mesma opinião ressaltando que os produtores precisam trabalhar mais com os biológicos. “Isso é o futuro porque o algodão necessita de muita aplicação de químicos e, se nós não começarmos a trabalhar com produtos menos agressivos, a tendência é aplicarmos mais e mais produtos químicos”, aponta. Ana Luiza Borin complementou que o insumo biológico não tem a praticidade do uso dos químicos, exigindo dos produtores uma readequação em relação ao uso desses insumos nas lavouras.

O planejamento e a condução das lavouras com as experiências do Grupo Bom Futuro, da SLC Agrícola e do Grupo Schlatter foram abordados pelos representantes destas empresas, que também destacaram o planejamento técnico da produtividade e a importância da gestão do clima no cultivo do algodão com o uso de geodrones e pluviômetros que permitem ao produtor tomar as melhores decisões sobre atividades relacionadas ao clima. “Isso nos ajudará a ser mais assertivos. Ainda estamos numa escala pequena, em apenas duas fazendas, mas queremos instalar pluviômetros em todas as unidades”, prevê Márcio, da SLC Agrícola.

Apesar do uso destas tecnologias, André Luís da Silva, do departamento técnico do Grupo Schlatter alerta que está acontecendo uma má distribuição da chuva e, segundo ele, a cada ano está ficando pior. “Para amenizar esse risco é preciso fazer um perfil, na medida do possível, com o planejamento financeiro disso”, avalia.

Na lista dos assuntos em pauta, esteve ainda o uso de plataformas tecnológicas de monitoramento em tempo real visando mostrar a qualidade das operações, medindo a eficiência com resultados satisfatórios. “Tivemos a primeira experiência com o sistema Terravion que produz imagens aéreas semanais, mapas de calor, sensor térmico, infravermelho, o que te permite programar sua aplicação localizada. Sem dúvida, são ferramentas que ajudam a entender o desenvolvimento da lavoura e ganhar produtividade”, explica o agrônomo Severo Amoreli de Figueiredo Filho.

Fonte: AgriPress

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