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Ricardo Amorim aposta no crescimento do agro apesar das crises internacionais

O consultor acredita que há grandes chances de crescimento para o setor do agronegócio no Brasil, a menos que haja uma recessão da economia global e que a crise diplomática instaurada recentemente, em decorrência das declarações do presidente Jair Bolsonaro, em relação às queimadas na Amazônia, se agrave.

Eleito pela Revista Forbes como um dos 100 brasileiros mais influentes e o economista mais reconhecido do Brasil, o consultor Ricardo Amorim foi destaque na agenda do primeiro dia do 12o Congresso Brasileiro de Algodão.  À frente da plenária das 11h45 do dia 27 de agosto, o apresentador do programa Manhattan Connection, da Globo News, e CEO da Ricam Consultoria, apresentou ao público do evento uma análise sobre o agronegócio brasileiro no contexto da guerra comercial e da recuperação da economia.

Amorim prevê uma aceleração da economia a partir do ano que vem, graças a fatores como a aprovação final da reforma da Previdência, a expectativa de avanço da reforma tributária, além da, recentemente aprovada, Medida Provisória que facilita a abertura de negócios no Brasil e do programa de privatização anunciado pelo Governo Federal. Para Ricardo, se não houver uma crise global de impacto maior, o país irá iniciar um novo ciclo de crescimento, atraindo investimentos externos. “Tendo por base a inovação, acredito que este é o momento certo para o agronegócio”, aposta.

O consultor acredita ainda que a guerra comercial dos Estados Unidos com a China deve contribuir para impulsionar as exportações brasileiras para o gigante asiático. Ele alerta, no entanto, para o risco de que esta mesma guerra comercial possa levar a economia mundial a uma recessão, com impactos negativos para todos. “Neste caso, porém, os prejuízos serão maiores para o agronegócio americano do que para o Brasil, porque nós aqui temos um mecanismo embutido de proteção, que é a desvalorização do real que ocorre quando há algum tipo de piora na economia mundial”, salienta.

O segundo maior risco para o setor, na opinião do economista, está relacionado à repercussão negativa dos pronunciamentos do presidente Jair Bolsonaro sobre a Amazônia, na semana passada. “A motivação por trás das declarações do Bolsonaro está correta, mas a forma como ele falou é que foi completamente errada. Não é brigando e falando mal da mulher do presidente de outro país que você conseguirá mudar o que o outro pensa. Isso não funciona. As declarações que foram feitas colocam em risco as exportações brasileiras. O que a gente tem que fazer é um bom trabalho de comunicação para a opinião pública externa e, sobretudo, interna; temos que trazer informação sem brigar com ninguém. Os brasileiros e o setor agro fazendo isso só terão a ganhar”, alerta Amorim.

Fonte: AgriPress

Crédito: Motiveação

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