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Qualidade da água na palma da mão

Pesquisadores da Unesp desenvolvem aplicativo que reúne informações sobre os reservatórios obtidas por satélite

Os pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) desenvolveram um aplicativo para celular que reúne dados sobre a qualidade da água nos reservatórios paulistas.

O projeto, desenvolvido inicialmente em áreas em que há cultivo de peixes, permite identificar, por exemplo, os índices de algas encontrados na água.

“Quanto mais clorofila [um tipo de pigmento presente em algas] encontrada nas amostras menos oxigênio. Conhecer esses dados é fundamental para quem trabalha nesta área”, explicou ao Destak Luiz Eduardo Vicente, pesquisador da Embrapa e um dos coordenadores do projeto.

Denominado AgroTagAQUA, o projeto foi financiado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), e poderá ser acessado gratuitamente em dispositivos de sistema Android.

De acordo com o pesquisador, o aplicativo reúne mapas, imagens de satélite e outros dados de maneira simples e interativa. A expectativa é de que em breve o sistema gerará outros parâmetros sobre a água de reservatórios, como por exemplo a temperatura da água. “Este tipo de monitoramento é feito com baixo custo e atende a uma demanda emergencial”, informou Vicente.

O professor da Unesp de São José dos Campos e coordenador do projeto, Enner Herênio de Alcântara, disse que no Brasil, esse tipo de tecnologia é inédita e deverá trazer grande benefício para a gestão de recursos hídricos.

“Em um primeiro momento, estamos focados em reservatórios nos quais é desenvolvida a aquicultura [destinada para a criação de peixes, por exemplo], pois parâmetros relacionados à qualidade ambiental da água são extremamente importantes para essa atividade”, afirmou.

O pesquisador da Embrapa explicou ao Destak que antes do aplicativo, para obter os dados sobre a qualidade da água era necessário coletar uma amostra, enviá-la a um laboratório e esperar o resultado. O custo para este tipo de trabalho era em média de R$ 100 por amostra.

Agora, isso é possível fazer gratuitamente com o aplicativo, que também funciona de forma off-line. “A atualização dos dados é feita quando o aplicativo acessa a internet”, informou.

Billings

Na represa Billings, que margeia tanto bairros da Zona Sul da Capital, quando cidades do ABC, o trabalho de coleta e análise de amostras da água começou a ser feito há cinco anos, por meio de um projeto de iniciativa de alunos e da professora, especialista em recursos hídricos, Marta Marcondes, da USCS (Universidade de São Caetano do Sul).
“Nosso trabalho serve para direcionar as políticas públicas para a preservação do reservatório. Além disso, o monitoramento serve como um termômetro para saber se as iniciativas tomadas até agora têm surtido o efeito desejado ou se é precito mudar a forma de atuação”, explicou a professora ao Destak.
A água da Billings abastece atualmente mais de 1,5 milhão de pessoas. Entretanto, o reservatório é margeado por ocupações irregulares.
“Ao longo destes anos, percebemos que – com exceção de 2014, ano da crise hídrica – a água registrou piora nas áreas mais próximas de habitações e melhora em regiões mais preservadas”, informou a professora.
Fonte: Destak
Crédito: Latina Eletrodomésticos

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