Ano novo. Precisamos ter foco nas coisas fundamentais do agronegócio. E os dados do Censo do IBGE precisam ser estudados. Não haverá futuro no agro, doravante sem tecnologia. E tecnologia não basta saber que existe, precisa assumir e, mais ainda, precisa saber usar. A ciência não usada, ou mal usada, é um tiro que sai pela culatra e prejudica toda a sociedade.
No Censo 2017 do IBGE uma questão levantada foi sobre a origem da orientação técnica dos estabelecimentos rurais no Brasil. Em comparação com 2016, a do governo diminuiu 19%. A das empresas privadas e integradoras diminuiu 65,6% e 12,3% respectivamente.
E quais foram as duas fórmulas de acesso à assistência técnica reunindo quase 570 mil produtores rurais? Foi a própria, crescendo 26,4% e as cooperativas aumentando em 11,5%. As ONGs e o sistema “S” surgem positivamente, mas em menor dimensão.
O que isso nos revela? Necessidade de uma reformulação na assistência técnica oficial, onde parcerias público-privadas poderiam e deveriam ser contratadas. Quase 400 mil produtores no Brasil dependem diretamente da assistência técnica governamental.
Mas o maior de todos os dramas do levantamento do Censo IBGE da agropecuária foi a de que 79,8% dos agricultores declararam que não recebem nenhuma orientação técnica. Apenas uma minoria de 20,2% são atendidos pelos órgãos mencionados acima.
Ano Novo, a Hora do Agronegócio, emergente e urgente, assistência técnica no campo, 80% sem acesso. Praticamente 4 milhões dentre os 5 milhões de estabelecimentos rurais no Brasil sem acesso à assistência técnica.
Hora da virada!
Fonte: Jovem Pan Por José Luiz Tejon