Os principais contratos futuros registraram a segunda sessão de calmaria no mercado norte-americano da soja, apoiados por compras de oportunidade. “Isso apesar da deterioração da demanda, com um freio das operações vindo do óleo de palma na Malásia, que caiu forte. Também há incertezas sobre a situação do funcionamento dos portos na Argentina, diante do controle de coronavírus. No Brasil, a colheita continua avançando e nova depreciação forte do real aumenta a competitividade da soja brasileira”, aponta a T&F Consultoria Agroeconômica.
De acordo com a ARC Mercosul, a volatilidade no mercado agrícola está longe de um fim, mesmo com as intervenções econômicas de Bancos Centrais: “A grande maioria dos fundos de gestão ativa e investidores pessoa física estão retraindo com agressividade o apetite ao risco. Mesmo com a desaceleração quase que por completo de novos casos do COVID-19 na China, ainda há outras regiões que a crise está apenas iniciando”.
“Além de todo o continente americano, a preocupação se torna para a Índia, onde o controle e contenção da crise sanitária será quase impossível de ser efetivada. A tese atual da ARC prevê que ainda viveremos dias piores, com a manutenção desta tendência de depreciação do Real brasileiro – o qual vem empilhando cotações cambiais recordes todos os dias. O Banco Central do Brasil tenta controlar a evasão de capital, entretanto não tem sido suficiente para acalmar os ânimos de quem prefere retrair seus investimentos. O momento para a classe rural brasileira continua sendo de paciência!”, concluem os analistas da ARC Mercosul.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems
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