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Mercado de fertilizantes: O que esperar dos preços no segundo semestre? 

O Brasil é conhecido como o 2º maior exportador de alimentos do planeta e o 4ª maior produtor. O consumo de fertilizantes no país vem crescendo anualmente, para que toda essa produtividade seja alcançada. Para debater as estimativas sobre o mercado e preço de fertilizantes no segundo semestre de 2020, Carlos Florence e Cleber Espíndola participaram do Encontro com Gigantes. Carlos Florence é diretor executivo da Associação dos Misturadores de Adubos (AMA Brasil) e Cleber Espíndola, sócio-diretor da Agroconsult, consultoria especializada em Agronegócio

Segundo o Carlos Florence, o Brasil é reconhecido hoje como o segundo maior exportador de alimentos no mundo. Dando ênfase à tecnologia de fertilização e ao extremo profissionalismo do país no setor. Ao introduzir sobre o mercado de fertilizantes ele destacou:

“Estamos com a melhor relação de troca entre fertilizantes e as comodities agrícolas. A soja aumentou o preço, nesse último ano em 48% e o preço do fertilizante do mercado internacional caiu de forma significativa. Fator que se deve também a desvalorização do real. A situação está extremamente favorável para o setor de fertilizantes.”

Cleber Espíndola destacou que o país está inserido competitivamente no mercado de fertilizantes: “Ano após ano, desde 2005, após a crise, o setor agrícola de recuperou muito bem. Seguimos com rentabilidades produtivas e atrativas. Isso tem a ver com a nossa competitividade, a nossa condição agronômica, o que faz com o que o Brasil seja um fornecedor de âmbito global. A desvalorização cambial aumentou o poder de compra do produtor rural e devido a um problema de demanda nos Estados Unidos, houve uma boa oferta de fertilizantes no mercado ao final de 2019 o que fez com que os preços despencassem e vêm se mantendo nesse histórico, muito baixos.”

Os convidados foram questionados sobre os eventos que os produtores devem estar informados sobre o mercado de nitrogênio, fosfato e potássio. Alguns fatores, como  informou Cleber, podem afetar o curso do mercado de nutrientes (nitrogênio) para os próximos meses como:  “O preço do petróleo, trigo, milho reflete no preço de produtores de fertilizantes, problemas de logística que podem afetar de alguma forma o preço, a própria pandemia”.

Carlos Florence completa, “É possível que daqui para frente, daqui uns meses, haja uma restrição maior. Acredito que o preço do nitrogênio já chegou ao seu limite de baixa.”

Conforme explicou Cleber é preciso manter a concorrência de preço e ter disponibilidade de opções: “Hoje existem vários sites que produzem e vendem potássio, fósforo, que foi uma reação para manter as relações e evitar os riscos. Mas é preciso ver que alguns suprimentos precisam vir de fora, pois se tornam mais baratos para o produtor. E isso não serve apenas para os fertilizantes”.

Quanto ao fosfato, Carlos Florence esclarece que houve uma queda de preço internacional de cerca de 20% neste último ano. A tendência é de alta para os próximos meses. Como houve um aumento significativo do dólar isso vai ser refletido no valor.

O grande consumo de fosfatado no Brasil tende a ocorrer no verão, como informou Cleber. Para o mercado sazonal do segundo semestre, quem não comprar principalmente até agosto tende a pagar mais caro. Mas depois de outubro talvez aconteça uma regularização de preço.

O potássio, para Carlos Florence, foi um dos fertilizantes que mais teve queda de preços em todo o mercado, no último ano. A impressão é que o aumento seja parcial.

A tendência é que o potássio fique com o preço mais baixo, como explicou Cleber: “O Brasil já comprou e estocou bastante. Índia e China já fecharam contratos de médio prazo na média de 230 dólares a tonelada.”

Ao falar sobre os melhores nutrientes para se ter uma maior margem em um bom negócio, Carlos respondeu que a relação de troca, é o que vai levá-lo ao melhor momento. “Daqui pra frente, em termos de fertilizantes não teremos preços tão convidativos como este momento que estamos vivendo.” salientou.

Carlos Eduardo Lustosa Florence é Diretor Executivo da Associação dos Misturadores de Adubos (Ama Brasil). Economista e Técnico Agrícola, Carlos Florence trabalha há 55 anos no setor agrícola, atuando à frente de uma empresa misturadora de adubos. Há vários anos dedica-se, paralelamente, à literatura, publicando semanalmente crônicas em jornais.

Cleber Espíndola é sócio-diretor da Agroconsult, consultoria especializada em agronegócio que atende empresas como Canpotex, Mosaic, Yara, Eurochem, Uralkali, OCP, Tocantins e a International Fertilizer Association (IFA). Cleber já foi Gerente de Marketing da Bunge Fertilizantes. Com mais de vinte anos de experiência, Cleber executou diversos projetos, relacionados às cadeias de máquinas agrícolas, defensivos, armazenagem e fertilizantes. Na cadeia de fertilizantes, destacam-se estudos sobre demanda por matérias primas, potenciais de mercado para novos produtos, investimentos em produção de matérias primas e misturas de fertilizantes, infraestrutura logística, posicionamento estratégico, fusões e aquisições, entre outros. Cleber Espíndola é formado em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) e Mestre em Biotecnologia pelo Instituto de Química da mesma universidade. Também tem MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Sobre o K Forte®

O K Forte® é um fertilizante multinutriente, fonte de potássio, silício, magnésio, cobalto, zinco e manganês, macro e micronutrientes de liberação progressiva. K Forte® é livre de sódio, cloro, acidificação, lixiviação, compactação e salinidade, além de garantir um efeito residual de seus nutrientes. A matéria prima do K Forte® é o siltito glauconítico, que é rico no mineral glauconita. A glauconita é utilizada nos Estados Unidos como fertilizante, continuamente, desde 1760. O siltito glauconítico possui propriedades para o desenvolvimento e nutrição das plantas, além de promover a melhora da estruturação do solo.

Sobre a Verde

A Verde é uma mineradora inglesa fundada, em 2005, pelo mineiro Cristiano Veloso. Desde 2007, está listada na bolsa de valores de Toronto, Canadá. Com foco voltado para o mercado de agrotecnologia, a empresa tem o objetivo de entregar soluções inteligentes para os problemas e desafios da agricultura do século 21.

O propósito da Verde é melhorar a saúde das pessoas e a do Planeta, através de produtos inovadores de alta eficiência agronômica que promovam uma agricultura sustentável e rentável, que produzam alimentos nutritivos e minimizem os efeitos das mudanças climáticas.

Entre os membros do Conselho Administrativo da Verde está Alysson Paolinelli, ex-ministro da Agricultura e ganhador do World Food Prize em 2006. Com vasta experiência em agronegócio, Paolinelli, considerado o pai da Agricultura Tropical, tem uma atuação estratégica na empresa e é um grande incentivador dos projetos da Verde.

Fonte: Ação Estratégica

Crédito: DP

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