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Comissão do Codex Alimentarius concede status de observador ao The Good Food Institute

Como observador oficial nas reuniões do Codex, o GFI irá contribuir para o estabelecimento de uma estrutura regulatória internacional na produção de proteínas alternativas

O The Good Food Institute acaba de se credenciar com o status de observador na Comissão do Codex Alimentarius, dedicada ao desenvolvimento de padrões globais em segurança alimentar e comércio exterior para consumidores, produtores, processadores e agências reguladoras. Desenvolvido em 1963, pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (Food and Agriculture Organization, FAO) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Codex Alimentarius define parâmetros para os principais tipos de alimentos, como os processados, semi-processados e crus.

O status de observador permite ao GFI participar de discussões para o desenvolvimento de padrões para o setor de proteínas alternativas, bem como envolver-se ativamente em reuniões de comitês individuais do Codex relevantes ao trabalho da instituição.

“A compreensão de regulamentações abrangentes só pode ser construída por meio da colaboração diversificada de conhecimento científico sólido. Como observador, o GFI torna-se uma das organizações que pode opinar sobre essas discussões críticas. Por meio desta oportunidade, os comprometidos cientistas, empresários e especialistas em políticas da instituição estão prontos para trabalhar ao lado da comissão para construir uma estrutura regulatória de padrões internacionais de segurança alimentar que apoie um sistema alimentar global mais sustentável, saudável e justo”, afirma a diretora de ciência e tecnologia do GFI Brasil, Dra. Katherine de Matos.

O setor de proteínas alternativas cresceu rapidamente nos últimos cinco anos. Pode-se afirmar que além de uma tendência global de alimentação, as alternativas à proteína animal são uma necessidade de sobrevivência da população no futuro. A expectativa é que a população mundial atinja, em 2050, a casa de 9,8 bilhões de pessoas. Para atender a demanda e alimentar toda essa população, seria necessário aumentar em 70% a produção de proteínas, uma produtividade tida como insustentável nos dias de hoje.

A oferta de produtos feitos de plantas tem expandido vertiginosamente, adequando-se cada vez mais às exigências do consumidor ao oferecer uma experiência sensorial semelhante ao de seus equivalentes de origem animal. À medida que isso acontece, os consumidores os aceitam cada vez mais. Espera-se que esta indústria continue crescendo, atraindo mais players para o setor, investimentos em produtos existentes e na criação de novos.

Desafios X oportunidades

Mas o caminho e o desafios do mercado de proteínas alternativas são muito grandes. As regulamentações atuais sobre proteínas alternativas estão aquém do estado atual do setor e do ritmo de seu desenvolvimento. Por ser um segmento relativamente novo, as discussões sobre a padronização de boas práticas e recomendações técnicas para uma regulamentação consistente ainda são incipientes.

“Uma forte estrutura regulatória é fundamental para o avanço do setor de proteínas alternativas, uma vez que emprega tecnologias específicas para criar e produzir seus produtos alimentícios. O apoio ao crescimento desse setor pode ter impactos diretos e positivos sobre os problemas globais relacionados à saúde humana, degradação ambiental e pobreza global. Em um mundo atingido por uma pandemia, essas questões se tornaram ainda mais urgentes e o consumo de proteínas alternativas também”, acredita Alexandre Cabral, diretor de políticas públicas do GFI Brasil.

Para Katherine, um conjunto robusto de códigos e regulamentações permitirá que a indústria atenda a essa demanda crescente, fornecendo alimentos seguros e nutritivos. Com padrões que podem ser aplicados da fazenda à mesa, a indústria de proteína alternativa pode garantir aos varejistas, importadores e consumidores que seus alimentos são seguros para o consumo.

Uma pesquisa divulgada pelo GFI no início de 2021 revela que 50% dos brasileiros estão diminuindo o consumo de carne e as substituindo por proteínas alternativas, diversificando assim sua matriz alimentar.

Para saber mais sobre o trabalho do GFI para garantir um cenário regulatório justo para proteínas alternativas, verifique nossos recursos para legisladores.

Sobre o GFI

O The Good Food Institute (GFI) é uma instituição sem fins lucrativos que trabalha para acelerar transformações na cadeia de produção de alimentos. Para isso, foca no desenvolvimento do mercado de proteínas alternativas, apoiando especificamente os setores de proteínas vegetais e de carne cultivada. Essas novas fontes de proteínas complementam a oferta global de alimentos, disponibilizando mais alternativas semelhantes às de origem animal para os consumidores do mundo todo. A organização possui Selo Platinum, certificação máxima de transparência concedido pelo GuideStar, maior banco de dados e informações sobre organizações sem fins lucrativos do mundo, e reconhecimento da Animal Charity Evaluators.

Fonte/crédito: NQN Comunicação

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