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Dia Mundial da Pessoa com Deficiência Equoterapia é atividade essencial

Em 1992, a ONU instituiu 03/12 como Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, para conscientizar mundialmente sobre a necessidade da inclusão. A Equoterapia, atividade terapêutica assistida por cavalos, é cientificamente comprovada por seus inúmeros benefícios aos praticantes com deficiência.

No Brasil, pesquisa mais recente divulgada pelo IBGE em julho/2023 constatou que, em 8,9% da população com idade superior a 02 anos tem alguma deficiência. A Lei 13.146/2015 define que “pessoas com deficiência são aquelas com impedimentos de médio ou longo prazo de naturezas física, mental, intelectual, sensorial e que podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em condições de igualdade com os demais”. No interior de São Paulo, a entidade beneficente AEV – Associação de Equoterapia Vassoural, faz sua parte e já favoreceu mais de 1000 famílias de pessoas com deficiência desde sua fundação, há 20 anos.

De acordo com Elaine Cristina Soares Leite, fisioterapeuta e vice-presidente da entidade, que fica em Pontal – cidade vizinha de Ribeirão Preto, “há um estatuto nacional elaborado para assegurar benefícios que abrangem campos diversos aos deficientes e seus familiares, como assistência social, mobilidade urbana (acessibilidade, reserva de vagas de estacionamento), saúde (habilitação e reabilitação), trabalho (reserva de vagas em concursos públicos e em empresas privadas), Benefício de Prestação Continuada (BPC – pagamento mensal de um salário mínimo à pessoa com deficiência física, mental, intelectual ou sensorial com impedimentos de longo prazo), atividades culturais (Meia-entrada) entre outros”, ela ressalta.

A profissional Bruna Rodrigues, assistente social da AEV, complementa que uma equipe multidisciplinar está à frente dos atendimentos dos praticantes de Equoterapia e juntos, se empenham no atendimento às pessoas com deficiência decorrente de patologias diversas, como lesões neuromotoras de origem encefálica ou medular, patologias ortopédicas congênitas ou adquiridas por acidentes diversos, síndromes, distúrbios de comportamento e de aprendizagem e disfunções sensório motoras ou sem deficiência. As atividades ocorrem na Fazenda Vassoural, em um espaço de 1.400m² totalmente ao ar livre, ambiente seguro composto por: pista, redondel, bancada, mesas, cadeiras, área para eventos e com acessibilidade para deficientes. 

Ela também ressalta alguns desafios do atendimento aos deficientes que frequentam a entidade. Entre eles, está o atendimento público adequado aos familiares das pessoas com deficiência que, muitas vezes, se desdobram para adaptar a dinâmica familiar de forma a proporcionar as melhores condições ao ente querido, impactando em desgastes emocionais, financeiros e afetivos nos vínculos familiares. Outra questão desafiadora para as pessoas com deficiência atendidas na entidade é a inclusão profissional. Muitos não conseguem se alocar no mercado de trabalho, gerando custos extras aos familiares bem como baixa autoestima, dificuldade de socialização, entre outras perdas significativas. Outro ponto delicado é não ter acessibilidade adequada em locais públicos, como mesas adaptadas para cadeirantes bem como espaços para o trânsito da cadeira de rodas.

A Origem da AEV

Há 20 anos, Edilah e Beatriz Biagi, mãe e filha – pessoas visionárias, amantes dos cavalos e dispostas em fazer desse local: a Fazenda Vassoural “um lugar para o bem”, uniram forças e sonhos a profissionais das áreas da saúde e equitação para criar a AEV. Elas tinham um objetivo ousado: utilizar a conexão única entre seres humanos e cavalos para promover o bem-estar e melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiência. “Hoje, podemos dizer com orgulho que esse sonho se tornou uma realidade incrível.”, reflete Bia Biagi!

Fonte: Luciene Gazeta

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