Demanda externa pelo farelo de soja brasileiro voltou a se aquecer
A demanda externa pelo farelo de soja brasileiro voltou a se aquecer, levando as exportações nacionais a atingirem, em julho, o maior volume desde 2004. Esse cenário resultou em aumento nos prêmios de exportação, diminuição da oferta de grandes lotes por parte das indústrias no spot nacional e avanço nos preços internos do farelo. Segundo dados da Secex, em julho, o Brasil exportou 1,987 milhão de toneladas do derivado, a maior quantidade desde junho de 2004, quando as vendas externas somaram mais de dois milhões de toneladas.
De acordo com os dados do Cepea, já os preços do óleo de soja voltaram a ceder nos últimos dias. Segundo pesquisadores do Cepea, embora a demanda doméstica para a produção de biodiesel siga aquecida, as indústrias de alimentos estão cautelosas nas aquisições, aguardando preços menores. Além disso, a demanda externa também se enfraqueceu. Para a soja em grão, os valores apresentaram comportamentos distintos durante a última semana. Os baixos estoques da safra 20/21, a valorização do dólar frente ao Real e a elevação dos prêmios resultaram em altas nos preços em alguns dias. Por outro lado, atentos ao bom andamento das lavouras norte-americanas, parte dos produtores elevou a oferta de soja no spot nacional, aumentando a liquidez, especialmente para exportação, e pressionando os valores em alguns momentos.
Fonte: Agrolink