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Dunamis na África: brachiaria inovadora é destaque em rodadas de negócios no continente

Sucesso em todo o território brasileiro, o capim Dunamis, desenvolvido pela empresa de tecnologia agrícola Milagro Agro Brasil, vem ganhando espaço também em outros países, em especial os africanos. A variedade, que resulta do cruzamento das brachiarias Decumbens e Marandu, é capaz de crescer vigorosamente mesmo em condições adversas, mostrando-se uma excelente solução para produtores rurais que têm de lidar com problemas como a degradação do solo e a dificuldade de acesso a outros insumos.

A fim de levar o potencial do Dunamis para cada vez mais partes da África, a Milagro tem participado de rodadas de negócios promovidas pela Câmara de Comércio Afro-Brasileira, integrando a delegação do Brasil em países como Moçambique e Tanzânia.  O presidente da Câmara, Rui Mucaje, também tem mantido diálogo constante com a Milagro para viabilizar a exportação das sementes para a África.

            O engenheiro agrônomo Orlando Carlos Martins, fundador da Milagro Agro Brasil, destacou que a empresa dedica um olhar especial à África, já que esse é o continente de origem das brachiarias mais comuns no mundo. Ele acrescenta, ainda, que a exportação para os países africanos está alinhada aos objetivos sociais da empresa, que tem a missão de modernizar a pecuária e contribuir para a produção sustentável de alimentos em todo o mundo.

De acordo com dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), existem 132 milhões de hectares de terras degradadas na África. A recuperação dessas áreas pode significar um novo ciclo econômico e tirar milhões de pessoas da vulnerabilidade — e é aí que a tecnologia agrícola desenvolvida pela Milagro pode ajudar.

Plantando um capim como Dunamis, que suporta condições adversas, como secas prolongadas e solos pobres, os produtores das áreas mais vulneráveis conseguem manter uma fonte confiável de alimento para o gado. Isso, por sua vez, permite manter os rebanhos saudáveis e produtivos, garantindo um suprimento constante de carne, leite e outros produtos pecuários para diversas partes do continente. Como Dunamis mantém uma boa qualidade durante todo ano, animais alimentados com a variedade continuam a engordar na época seca — que não acontece com os animais alimentados com brachiarias africanas. Esse diferencial credencia Dunamis a resolver um problema histórico da pecuária africana, que é o emagrecimento excessivo durante a temporada seca.

A resistência e a facilidade de cultivo de Dunamis, que podem beneficiar amplamente os produtores africanos, são resultado da presença de estolões, um tipo de enraizamento lateral que promove a propagação da planta. Essa característica facilita a cobertura do solo, reduz a degradação da área cultivada e aumenta a longevidade do pasto, melhorando assim a produtividade, a sustentabilidade e a lucratividade das fazendas. Além disso, Dunamis possui outras vantagens em relação às demais brachiarias, tais como:

  • Crescimento inicial muito superior ao da Marandu e da Decumbens;
  • Resistência à cigarrinha das pastagens;
  • Fácil adaptação a solos de baixa fertilidade (de pH 4,8, enquanto a Marandu exige pH 5,5), solos arenosos e terrenos com alta declividade;
  • Melhor controle de erosões;
  • Maior tolerância à seca se comparada à Marandu;
  • Boa tolerância a períodos curtos de encharcamento do solo (15 a 30 dias) se comparada à Marandu (3 a 6 dias);
  • Tolerância a Rhizoctonia (um dos fungos causadores da morte súbita das brachiarias);
  • Facilidade de plantio em covas em solo arenoso e sem correção;
  • Teores de proteína bruta e digestibilidade superiores aos da Marandu.

Fonte: Salatiel Medeiros de Araujo

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