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Embrapa apresenta novidades em tecnologias, ativos e práticas no Rio Innovation Week

As três unidades da Embrapa no Rio de Janeiro – Embrapa Agroindústria de Alimentos, Embrapa Agrobiologia e Embrapa Solos – estarão presentes no Rio Innovation Week (https://rioinnovationweek.com.br/), de 13 a 16 de janeiro, no Jockey Club Brasileiro, na Gávea (Rio de Janeiro). No estande da Embrapa, que estará no espaço AgroRio Tech, serão apresentados ativos para parceria e tecnologias, além da demonstração do preparo de pratos com produtos vegetais desenvolvidos em parceria com a empresa Amazonika Mundi, e que têm a fibra de caju como um dos ingredientes.

No dia 13, às 17h30, André Dutra, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroindústria de Alimentos, participará de uma palestra com Thiago Rosolem, um dos sócios da Amazonika Mundi, na qual falarão sobre o caso de sucesso da empresa com os produtos plant-based (à base de plantas). No dia 14, às 18h30, Claudia Pozzi, chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Agrobiologia, ministrará palestra sobre tecnologias para mitigar a emissão de gases de efeito estufa na agricultura fluminense. Já no dia 15, às 19 horas, Adriana Regina Martin, diretora-executiva de Inovação e Tecnologia da Embrapa,  fará uma apresentação sobre “Inovação e sustentabilidade no Agro”.

Novidades em tecnologias e ativos no estande da Embrapa

Além de apresentar os produtos desenvolvidos em parceria com a Amazonika Mundi, todos à base de vegetais – com características similares aos feitos com produtos de origem animal – como, por exemplo, o bolinho Siriju, a Embrapa Agroindústria de Alimentos também apresentará a cultivar de soja da Embrapa BRS 267 desenvolvida para o consumo como edamame. A cultivar produz grãos grandes, de sabor suave, que apresentam textura similar a outras leguminosas como grão-de-bico, ervilha verde e alguns tipos de feijões. O preparo é fácil, com rápido cozimento, e pode ser consumida em lanches como snacks, ou compor pratos como sopas e saladas.

Como potencial produto de nicho, o cultivo da soja para edamame é uma boa opção para agricultores familiares e orgânicos. Para o consumo do produto, a Embrapa realizou procedimentos para estabelecer as etapas e condições de processo de cozimento que possam ser facilmente reproduzidos em cozinhas ou agroindústrias familiares.

Outra novidade é o método Ovo Limpo para manipulação segura de ovos visando garantir a segurança e a qualidade do ovo produzido por pequenos produtores rurais. Os protocolos para pequenos produtores estão detalhados em um guia voltado para avicultores e agentes de assistência técnica e extensão rural, disponível no Portal Embrapa.

A orientação é que os avicultores sigam o protocolo estabelecido para a proteção da saúde e evitem a contaminação do produto, executando uma sequência de seis etapas, desde a coleta nos ninhos. Para isso, os cientistas reuniram um conjunto de procedimentos de segurança que visam prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes à produção de ovos em pequena escala, capazes de comprometer a saúde humana.

A Embrapa Agrobiologia apresentará dois aplicativos móveis para auxiliar o produtor rural. Por meio de uma galeria de fotos, o Guia para o reconhecimento de inimigos naturais de pragas agrícolas (Guia InNat) possibilita ao agricultor identificar, em meio à fauna presente nos cultivos agrícolas, os insetos que são predadores naturais de pragas nas lavouras.

Com um smartphone em mãos, o produtor pode comparar um inseto coletado em campo com a galeria de imagens ou pode ir a campo, fotografar um inseto presente na sua lavoura e comparar no mesmo momento a foto registrada com as imagens do guia. O aplicativo também contém informações sobre cada grupo de inimigos naturais e sua função na natureza. É gratuito e utiliza o sistema operacional Android, também funcionando em modo off-line.

Já o aplicativo Restaura Mata Atlântica agrega informações detalhadas de 276 espécies vegetais desse bioma, com o objetivo de subsidiar técnicos e produtores rurais na hora de conciliar o planejamento ambiental com a atividade agrícola. O Restaura Mata Atlântica funciona tanto on-line quanto off-line, é gratuito e está disponível para download na loja de aplicativos Google Play.

A ideia é que, a partir das informações disponíveis, o agricultor tenha mais facilidade para se adequar à legislação ambiental, promovendo a restauração de áreas de preservação permanente, áreas de reserva legal e de outras afetadas por danos ambientais, ao mesmo tempo em que possa ter algum retorno econômico ou produtivo, a exemplo do pagamento por serviços ambientais ou da extração de produtos como madeira, extratos vegetais, frutas, plantas ornamentais, entre outros.

Outra tecnologia que a Unidade levará ao evento é o composto fermentado do tipo Bokashi, uma alternativa para melhoria do solo voltada especialmente para a agricultura orgânica ou agroecológica. Além disso, também será apresentado o Centro de Recursos Biológicos Johanna Döbereiner, localizado em Seropédica (RJ), que abriga em sua estrutura uma ampla coleção de microrganismos, com alta diversidade de bactérias fixadoras de nitrogênio e também com fungos de importância agrícola. O Centro também conta com uma série de laboratórios que promovem as atividades de bioprocessos, produção e análise de inoculantes microbianos.

A Embrapa Solos vai apresentar três tecnologias: o biorreator de bancada, o fertilizante organomineral e a Plataforma Tecnológica PronaSolos. O analisador compacto de compostagem (biorreator de bancada) é composto por 12 biorreatores aeróbios, nos quais são inseridas as amostras dos materiais orgânicos a serem testados. Com apenas três litros de material, em oito horas é possível ter uma resposta sobre se a mistura tem potencial de alcançar temperaturas entre 50 e 65 graus Celsius, ideais para o processo de compostagem.

Toda a base técnica e a parte fundamental de funcionamento já estão desenvolvidas e testadas. Agora, a Embrapa está buscando a parceria de empresas ou startups na área de instrumentação de laboratórios para finalizar o produto para o mercado. Parte do equipamento estará disponível no estande da Embrapa.

Aproveitando diversos resíduos orgânicos de agroindústrias, criação de animais, restos agrícolas, etc., os fertilizantes organominerais são processados, estabilizados e devolvidos aos solos na forma de nutrientes. Com isso, reduzem o impacto ambiental da atividade agropecuária e elevam os índices de produtividade do solo. Eles são produzidos a partir de cama de frango, correspondendo a uma solução tecnológica tanto sob o ponto de vista ambiental como também agronômico.

Misturando e combinando, de forma balanceada, minerais e matéria orgânica, o fertilizante potencializa a assimilação dos nutrientes pela planta e ativa a microbiota do solo, promovendo a produção de enzimas e outros compostos orgânicos benéficos. A tecnologia contribui para a agricultura de baixo carbono, por reduzir a emissão de gases de efeito estufa decorrentes da aplicação superficial de resíduos orgânicos.

A carência de informações detalhadas sobre os solos brasileiros é um grande entrave para o desenvolvimento do país. Apenas 5% do território nacional conta com mapeamentos em escalas adequadas, dificultando ações para a promoção do desenvolvimento sustentável. Em 2020, isso começou a mudar com a implementação das ações do Programa Nacional de Levantamento e Interpretação de Solos no Brasil (PronaSolos). Para 2022, o desafio aumentou e esta importante política pública busca o apoio de parcerias, no modelo público-privado.

Com dimensões continentais, o Brasil partiu para o desafio de conhecer melhor e cuidar do principal patrimônio natural do cidadão brasileiro para, assim, promover todos os setores da economia. Não apenas a agropecuária mas, também, indústria, geração e distribuição de energia, saneamento básico e telecomunicações.

Fonte: Embrapa Agroindústria de Alimentos

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