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CMOC Brasil transforma rejeitos em fertilizantes organominerais

Celebra contribuição aos desafios do setor de mineração

Em teste desde 2020, iniciativa reaproveita rejeitos que seriam descartados em barragem, por meio de biotecnologia. Com investimento de R$ 2,3 milhões, o projeto foi concluído neste mês e até o fim do ano renderá R$ 24 milhões de aumento de receita à companhia

Atenta à crescente demanda e se antecipando na busca por alternativas para aumento da produção de fosfatos e diminuição da dependência de insumos estrangeiros, a CMOC Brasil, multinacional do segmento de mineração e beneficiamento de nióbio e fosfatos, desenvolveu um projeto que evita que centenas de milhares de toneladas de rejeitos sejam descartados em uma de suas barragens em Goiás. A iniciativa testada desde 2020 foi desenvolvida com investimento de R$ 2,3 milhões e o mês de abril marcou o início das operações de venda do material fosfatado reaproveitado. A empresa celebra o êxito das pesquisas e o sucesso da iniciativa que atende ao Plano Nacional de Fertilizantes (apresentado no mês de março pelo Ministério da Agricultura), auxilia o Brasil a atingir suas metas ambientais e ainda impulsiona o negócio de Fosfato da CMOC Brasil com faturamento adicional estimado em R$ 24 milhões ainda em 2022.

Na Mina de Fosfatos Ouvidor/GO, os rejeitos depositados na barragem detêm, em sua maioria, materiais ferrosos magnéticos ou lamas com baixo e médio teores de fosfato (P2O5). A utilização destes rejeitos não é tecnicamente adequada via o tradicional beneficiamento químico para produção de Superfosfato, o que despertou na CMOC Brasil o interesse em estudar alternativas sustentáveis para reaproveitá-lo, diminuir os impactos ambientais e tornar rentável o que seria descartado.

Este cenário se mostrou possível com a parceria firmada entre a companhia e o Grupo IFB, empresa especializada na produção de fertilizantes organofosfatados, obtidos por meio da solubilização biológica da rocha fosfática e de material orgânico. O trabalho de pesquisa conjunta foi iniciado em 2020 e demonstrou resultados no processamento biológico dos rejeitos da Mina de Fosfato com uso de fungos e bactérias desenvolvidos para quebrar as cadeias do fósforo e disponibilizar o P2Opara absorção e nutrição das plantas.

O produto criado com reaproveitamento de rejeitos foi nominado como Concentrado Apatítico de baixo teor e se enquadra na classe de matérias primas para fertilizantes organominerais. Produzidos com fontes minerais de fósforo e rejeitos orgânicos — advindos de fazendas de criação de gado (esterco), granjas (casca de ovos e esterco) e cana de açúcar (bagaço) –, o fertilizante organofosfatado produzido pelo grupo IFB é considerado uma alternativa complementar ao uso de fertilizantes químicos.

Parte fundamental do sucesso da iniciativa de reaproveitamento dos rejeitos para fabricação de fertilizantes organominerais se refere às parcerias que viabilizam desenvolvimento de pesquisas e também a adequação técnica e operacional para venda do produto comercializado pela companhia, conforme explica Thiago Drumond, Gerente Comercial de Fosfato da CMOC Brasil. “Há dois anos, a empresa iniciou o projeto de estudo de viabilidade de se desaguar e separar parte do rejeito gerado para vendê-lo à indústria de fertilizantes organominerais. O investimento inicial de R$ 2,3 milhões advém de aporte feito pelo Grupo IFB. No último mês (abril), o projeto foi concluído e estamos prontos para iniciar o faturamento e expedição deste novo produto. Estimamos que, ainda em 2022, 105 mil toneladas do Concentrado Apatítico de baixo teor sejam entregues, com acréscimo de US$ 5,2 milhões (cerca de R$ 24 milhões) em nosso faturamento a partir de material que um dia já foi descartado em nossa barragem”.

Além do sucesso em termos financeiros, as equipes envolvidas no projeto comemoram e vislumbram o fato do projeto se adequar às metas ESG da própria empresa, os desafios indicados pelo setor de mineração e pelo Governo Federal. “Este fertilizante organomineral vem sendo citado como tendência tanto no Plano setorial, para adaptação à mudança do clima e baixa emissão de carbono agropecuário, como também no Plano Nacional de Fertilizantes. Estes documentos são guias para fomentar a redução de emissão de gases do efeito estufa na agropecuária e amenizar a dependência brasileira de fertilizantes importados. Em abril, passamos a transformar rejeitos em receita e possibilidades para atender à demanda do mercado nacional de fertilizantes”, afirma Drumond.

Fonte: FSB Comunicação

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