O processo da comissão de valores imobiliários dos Estados Unidos (SEC) contra a Vale por supostas informações falsas e enganosas sobre a segurança de suas barragens mostra a necessidade de as empresas sempre utilizarem dados reais para informar o mercado. Essa prática ganhou uma força ainda maior em razão da implantação do conceito de ESG nas organizações.
A SEC acusa a Vale de enganar os governos e investidores com sua política ESG. “Isso mostra que as corporações precisam mostrar relatórios reais de ESG, não peças de ficção, como aconteceu no episódio da Vale”, destaca Emanuel Pessoa, advogado especializado em Governança e Direito Econômico.
A SEC anunciou no fim de abril que decidiu processar a Vale depois de descobrir que os relatórios da empresa eram fraudulentos, pois informavam o cumprimento dos padrões internacionais nas barragens. De acordo com o órgão, a companhia sabia da ausência desses requisitos antes mesmo da tragédia de Brumadinho (MG), em 2019.
Emanuel explica que o processo contra a Vale é fruto de uma iniciativa por parte da SEC que criou em 2021 uma divisão relacionada ao cumprimento de normas ESG. “Por muito tempo, os reports (relatórios) de ESG serviam principalmente como peças publicitárias das empresas”, explica.
Fonte: Casa9 Agência Comunicação
