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Regiões do Sul são alvo de alerta de período crítico para condições favoráveis à disseminação da sarna-da-macieira

Estações meteorológicas registraram altos índices de chuvas a partir de 9 de outubro último e há previsão de mais precipitações nos próximos dias

Autoridades do setor agrícola dos estados do Sul emitiram um alerta crítico para o risco de incidência da sarna-da-macieira a partir do dia 9 de outubro último. Altos índices de chuvas registrados desde essa data, além da previsão para novas precipitações nos próximos dias, detectada pelo serviço de Hidrometeorologia da Epagri – Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina, indicam uma fase de suscetibilidade à doença, altamente danosa à maçã, em áreas produtivas de SC, do PR e RS.

Principais polos produtores da maçã brasileira, os estados do Sul, neste momento, combinam condições de temperatura e molhamento foliar que transferem suscetibilidade à cultura frente à sarna-da-macieira, segundo resume o engenheiro agrônomo José de Freitas, da área de desenvolvimento de mercado da Sipcam Nichino Brasil.

“Após o início da brotação, agora, a maioria dos pomares está em florescimento, com tecidos novos e a presença de inóculos da sarna-da-macieira indicada nos coletores de esporos. O cenário é altamente favorável à disseminação do fungo Ventura inaequalis, causador da doença”, reforça Freitas. Com base em informações do Ciram – Centro de Informações de Recursos de Hidrometeorologia de Santa Catarina, acrescenta ele, o risco mais elevado de incidência da doença ocorre em 13 pontos da região serrana catarinense, além de nove áreas do Norte e Oeste do estado.

Ainda conforme o Ciram, cinco estações meteorológicas embasaram o alerta crítico das autoridades para cidades produtoras de maçã do Rio Grande do Sul (Vacaria, Bom Jesus, Lagoa Vermelha e Caxias do Sul) e do Paraná (Porto Amazonas).

Prevenção e prejuízos

Considerada uma das principais doenças da maçã, a sarna-da-macieira foi alvo de um estudo desenvolvido ao longo da safra 2021-22 pela consultoria Fito Desenvolvimento e Produção, de São Joaquim (SC), em conjunto com a Sipcam Nichino Brasil. A pesquisa avaliou o desempenho do fungicida protetor Dodex® 450 SC no controle do patógeno Venturia inadequalis.

“Os tratamentos ancorados no fungicida entregaram eficácia de controle de 99% no controle da sarna-da-macieira nas folhas, e acima de 95% nos frutos da maçã”, resume José de Freitas. “A boa cobertura dos alvos é fundamental ao controle eficaz da sarna-da-macieira. Dodex® 450 SC é seguro, seletivo e pode ser aplicado mesmo no período crítico de russeting (do florescimento ao início de desenvolvimento dos frutos)”, acrescenta Freitas.

“Se não for controlada, a sarna-da-macieira pode atacar várias partes da planta, inclusive os frutos, e reduz o vigor das plantas. A presença dos sintomas da doença nos frutos gera depreciação comercial instantânea”, continua ele. Freitas salienta ainda que o fungicida da empresa tem como ingrediente ativo a Dodina, um grupo químico diferente das guanandinas, adequado ao manejo de resistência de fungicidas sistêmicos ao fungo causador da sarna-da-macieira.

Criada em 1979, a Sipcam Nichino resulta da união entre a italiana Sipcam, fundada em 1946, especialista em agroquímicos pós-patentes e a japonesa Nihon Nohyaku (Nichino). A Nichino tornou-se a primeira companhia de agroquímicos do Japão, em 1928, e desde sua chegada ao mercado atua centrada na inovação e no desenvolvimento de novas moléculas para proteção de cultivos.

Fonte: Fernanda Campos – BIA – Bureau de Ideias Associadas

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