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Ano Novo Chinês: feriado prolongado pode prejudicar o setor de comex?

A celebração começa em 22/01 e tem o coelho como símbolo em 2023. É preciso estar atento à importação de insumos e matérias-primas do país nesse período

Em 2023, o Ano Novo Chinês começa no dia 22 de janeiro. A confraternização é uma das mais populares da cultura chinesa. Apesar do feriado oficial durar três dias, é comum os trabalhadores reservarem as férias para prolongar o período de celebração. Em razão desse e de outros fatores associados às festividades, parte das fábricas paralisa as atividades por mais tempo, o que pode impactar linhas de produção em outras partes do mundo, por conta da importação de insumos e matérias-primas do país.

Além de ser o maior parceiro comercial do Brasil, o país asiático possui enorme influência na economia global. É o maior exportador do mundo e o ritmo de crescimento das importações tem batido as maiores marcas da década, mesmo com o cenário afetado pela pandemia de Covid-19 e o período de fronteiras fechadas.

A logtech Nowports orienta seus clientes a planejarem  a importação dos itens da China. “A partir da gestão dos estoques é possível adiantar as entregas ou postergar para depois do término do feriado do Ano Novo Chinês. Programação é a chave do negócio. Adiantar-se em relação aos pedidos minimiza os riscos e eventuais atrasos na cadeia logística”, afirma a head of pricing da Nowports Brasil, Bruna Horstmann.

Como o Ano Novo Chinês impacta o comércio exterior e a logística internacional?

É impossível falar de comércio exterior sem mencionar a China. No terceiro trimestre de 2022, o Brasil importou US$ 17,5 bilhões, o que representou 23,1% do valor total no período. A China representou o maior aumento do valor das importações, 40,5%. Os produtos que contribuíram para esse resultado foram: processadores e controladores; herbicidas, conversores elétricos estáticos, entre outros. Os dados são do Boletim Trimestral da Balança Comercial Brasileira da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia.

“A China é uma superpotência econômica internacional e com uma atuação forte nos setores industriais e no comércio de tecnologias. Dada a importância do país para as balanças comerciais, quem negocia com fornecedores ou exporta para o país precisa fazer um planejamento minucioso para não perder as datas”, pontua Helmuth Hofstatter, CEO da Logcomex.

Leonardo Baltieri, co-CEO da Vixtra, fintech de comércio exterior, concorda que o planejamento é crucial para evitar atrasos. “As transações financeiras devem ser pouco impactadas pelas festividades, já as operações comerciais podem sofrer não só com atrasos, mas também com eventuais custos adicionais. Por isso, é indispensável se organizar com antecedência”, reforça.

Covid-19

Apesar do aumento dos casos de Covid e dos protestos por parte da população contra as restrições impostas pela política de Covid zero do governo chinês, a Nowports acredita que essa situação não prejudicará a importação dos itens e acordos firmados com os parceiros comerciais. “Situações parecidas como essa, no passado, não prejudicaram o comércio exterior”, acrescenta a head of pricing da logtech.

Fonte:

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