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Zanlorenzi espera processar 30 mil toneladas de uvas no primeiro trimestre de 2023

Segundo a empresa, a expectativa deste ano é acondicionar, em mais de 200 tanques, aproximadamente 25 milhões de litros, entre vinhos, sucos e bases para espumante, oriundos da produção de 2 mil famílias de agricultores da Serra Gaúcha

Os meses de janeiro, fevereiro e março são marcados pela colheita da safra de uva na região Sul do País, prometendo movimentar uma das empresas referência na produção de sucos e vinhos. A Zanlorenzi, em uma de suas unidades localizada na Serra Gaúcha (RS), tem sua produção oriunda de 16 municípios da região. São cerca de 45 mil hectares cultivados para garantir a quantidade de insumos necessários para atender a demanda.

De acordo com Mateus Poggere, diretor industrial da fábrica, nesta colheita estão as uvas de mesa, uvas finas e híbridas. “As espécies de maior relevância são a Bordô e Isabel, Moscato Branco, Chardonnay e Niágara Branca, que dão origem aos nossos vinhos, sucos e espumantes”, comenta.

Cada variedade de uva possui um ciclo que impacta na colheita entre os meses da safra.  “Para que nossos produtos tenham qualidade e notas únicas, é preciso respeitar o ciclo das uvas. As espécies Bordô, Niágara e finas, usadas para espumante, por exemplo, têm um ciclo curto. Já as uvas Isabel têm um ciclo mais tardio, por isso, são colhidas posteriormente. A diferença entre os ciclos de maturação é de aproximadamente 30 dias”, explica o diretor industrial.

EXPECTATIVA

Para Mateus Poggere a colheita deste ano está alinhada ao cenário desenhado nos últimos meses pelo time técnico, que acompanha todo o ciclo de maturação e define previamente a capacidade de produção da safra, que se aproximará de 30 mil toneladas.

Em termos de volume, a safra deste ano terá uma pequena redução em comparação a 2022, por conta dos fatores climáticos que interferiram no ciclo da videira. “A ocorrência de chuvas no período de floração, somado ao frio tardio no Rio Grande do Sul, já indicavam uma diminuição na colheita, algo na casa dos 20%”. Entretanto, a qualidade das culturas será superior, já que, pela previsão de pouca chuva de agora até o final do ciclo, acreditamos que será uma safra de altos padrões de qualidade”, estima Mateus.

Com uma produção especializada, em sua unidade de processamento em São Marcos, na Serra Gaúcha, a Zanlorenzi tem capacidade de trituração de mais de 120 toneladas de insumos por hora, assegurando o melhor aproveitamento das culturas colhidas. “Depois de todo o processo de industrialização, com a safra deste ano, teremos acondicionado em mais de 200 tanques, aproximadamente, 25 milhões de litros entre vinhos, sucos e bases para espumante”, destaca Mateus.

AGRICULTURA FAMILIAR

Com o intuito de valorizar a economia local e a agricultura familiar, a Zanlorenzi atua em parceria com mais de 2 mil famílias da região da Serra Gaúcha que estão envolvidas na cadeia produtiva de seus produtos. “Essas famílias recebem mudas de uvas e acompanhamento técnico do plantio à colheita para auxiliá-los a desenvolverem seus negócios. Com isso, recebemos frutas da melhor qualidade e sabor e o meio ambiente ganha um processo produtivo mais leve e cuidadoso”, finaliza Mateus.

Fonte: Catarina Armelin | bcbiz.

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