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A1 Engenharia entra para o mercado de etanol de milho

Empresa desenvolve projetos para o setor; mercado vê vantagens do etanol de milho e projeta expandir para médios e pequenos produtores

O desenvolvimento da agroindústria brasileira abre novas possibilidades para o setor. Com a ascensão da produção de etanol de milho, os produtores deste grão ampliam a gama de clientes, indo além do mercado de alimentos. Mundialmente, o etanol tem se tornado uma boa opção como fonte de combustível renovável para veículos. Países como Índia e Inglaterra vêm adotando novas leis sobre o tema, tornando o mercado mais atrativo pelo acréscimo da demanda, viabilizando a criação de novas plantas, que adotam as tecnologias desenvolvidas para o mercado nacional alcançar um novo patamar na produção de biocombustíveis.

“Diferente da cana, o milho opera o ano todo”, comenta Cristiano José Robbi, gerente comercial da A1 Engenharia, empresa que desenvolve projetos para quem busca entrar nesse mercado. O Brasil tem um potencial maior do que muitos países com a produção de milho, com clima e solo ideais que permitem até três safras ao ano em diversas regiões. Outra vantagem é que o processamento do milho gera três subprodutos: óleo de milho, DDG (farelo proteico destinado a alimentação animal) e o etanol.

Entrando nesse mercado, a A1 desenvolveu no ano passado seu primeiro projeto de etanol de milho para um cliente que irá implantar uma nova unidade industrial em Goiás. A empresa já possui plantas de etanol de cana e aposta agora no potencial do milho. Algumas plantas de produção de etanol, as chamadas híbridas, processam cana de açúcar e milho, demonstrando o interesse do setor de biocombustíveis em abrir mais espaço para o milho como matéria-prima. Neste caso, a A1 desenvolveu todo o projeto da planta de cogeração, utilidades e de interligações: “toda planta de processo, como as de etanol de milho, precisam da engenharia para desenvolver os projetos e possibilitar a construção, montagem e operação dentro dos requisitos normativos e de mercado”, afirma Robbi. As estratégias de diversificação de mercado da empresa vem buscando atrair novos clientes deste setor.

“A fase de implantação do projeto é de capital intensivo, que é compensada posteriormente pela lucratividade de plantas de alta performance”, explica o gerente comercial da A1. Algumas empresas entram nesse mercado já com muita maturidade adquirida na operação com cana de açúcar, atraídas pelo potencial do grão e seus subprodutos. O setor ainda é mais vantajoso para grandes empresas, mas a A1 já pesquisa possibilidades de viabilizar o investimento em plantas de etanol de milho de menor porte, mais acessível para médias e pequenas empresas.

As principais tecnologias dessas plantas foram desenvolvidas nos Estados Unidos, líder mundial na produção de milho. O desafio está em adaptá-las a realidade brasileira. A A1 desenvolve os projetos de todas as instalações da planta, desde a moagem do milho até o final do processo, dimensionando equipamentos e sistemas, tais como tratamento de água e efluentes, vapor e condensado, geração de energia, interligações, elétrica, instrumentação e automação, entre outros.

Fonte: Bruno Camargo

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