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Igualdade Feminina no agronegócio: mulheres contam suas experiências em cargos de liderança

A luta das mulheres para conquistarem o mercado de trabalho é cheia de desafios e obstáculos que vêm sendo superados ao longo do tempo. Dados coletados a partir do Banco Mundial e da Organização das Nações Unidas (ONU) e que fazem parte da publicação ‘Criando sinergias entre a Agenda 2030 e o G20 – caderno Desigualdades’ apontam que a proporção de mulheres em cargos de liderança no Brasil (38,8%) superou a média dos países membros do G20 (30,58%). Com esse cenário em transformação, datas como o Dia Internacional da Igualdade Feminina – celebrado em 26 de agosto – são uma oportunidade para ouvir relatos de mulheres que conquistaram cargos significativos, até em mercados historicamente masculinos, como o setor de agronegócios. 

Esse é o caso de Camila Prestes, gerente de Tecnologia da Informação (TI) na Agrex do Brasil – companhia subsidiária da Mitsubishi Corporation que atua como plataforma completa de soluções para o produtor rural –, empresa onde atua há 11 anos, dos quais oito são em cargo de liderança. Ela conta que, enquanto mulher em um cargo de liderança no agronegócio e na tecnologia, ela tem tanto responsabilidades quanto oportunidades. “A responsabilidade de abrir caminhos para outras mulheres e romper barreiras é fundamental. A oportunidade reside em trazer uma perspectiva diversa, essencial para a inovação e o sucesso sustentável”, avalia.  

Camila revela que os obstáculos dessa condição residem em como demonstrar competência frente aos preconceitos e lidar com a resistência à mudança. “Esses desafios me fortalecem, motivando-me a buscar excelência, construir redes de apoio e promover a diversidade”, pondera. Por essa razão, ela acredita que a participação ativa das mulheres no agronegócio fortalece o segmento com perspectivas e abordagens inovadoras. “As mulheres frequentemente adotam práticas mais sustentáveis e inclusivas, o que pode aumentar a resiliência do setor. Além disso, a diversidade contribui para tomadas de decisões mais eficazes e um ambiente de trabalho mais harmonioso, fatores que impulsionam o desenvolvimento contínuo do agronegócio”, pontua. 

A gerente de Recursos Humanos (RH) da Agrex do Brasil, Solange Murakami, observa que o desafio da mulher nestes negócios é ter voz ativa e convencimento não somente por meio da técnica, mas também da experiência. Nesse sentido, ela analisa que é importante considerar que com diversas ações de conscientização, é possível, cada vez mais, contribuir socialmente. “Podendo trazer visibilidade para as minorias, em todos os seus recortes, porque o feminino é mais inclusivo. Outro aspecto importante a considerar é que hoje temos uma população cada vez maior de mulheres, mundialmente e no Brasil, que chefiam o lar e famílias inteiras, muitas vezes sem o suporte de um cônjuge. Desta forma, tendo mais mulheres empregadas, garantiremos famílias inteiras”, reflete. 

Olhar para o futuro 

Para Camila Prestes, no cenário atual, promover a equidade de gênero nas organizações é de extrema importância social. “A Agrex do Brasil tem contribuído com isso, construindo um caminho de evolução e maturidade. Ao assumir um compromisso crescente com a inclusão e a igualdade de gênero, a empresa demonstra um esforço genuíno para evoluir e se adaptar aos valores sociais contemporâneos. Esse processo de transformação não apenas fortalece a cultura interna da empresa, tornando-a mais justa e representativa, mas também posiciona a Agrex do Brasil como uma influenciadora positiva, capaz de inspirar outras empresas a seguirem o mesmo caminho, contribuindo para os avanços sociais importantes”, destaca a gerente de TI. 

Inspirada por essa experiência, tanto no agronegócio quanto na tecnologia, Camila lançou neste mês de agosto, como coautora, o livro Elas na Tecnologia, no qual ela traz narrativas de mulheres na tecnologia. “Este livro reflete não só as batalhas e os obstáculos, mas também as vitórias e o conhecimento que conquistamos. Ao mergulhar nestas páginas e desfolhar nossas histórias, esperamos motivar mais mulheres, para que se sintam chamadas a se juntar e a moldar o universo da tecnologia conosco, pavimentando caminhos e tecendo redes de apoio, criando conexões que suavizam o percurso para as que estão por vir”, arremata. 

Fonte: Mariana 

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