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Emater Goiás realiza Dia de Campo para apresentação de cultivares de arroz e mandioca em Porangatu

A Emater Goiás, em parceria com a Embrapa Arroz e Feijão e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), e realizou na última terça-feira (20/08), o Dia de Campo: Produção de Alimento Sustentável na Agricultura Familiar, na Estação Experimental de Porangatu, região Norte de Goiás. Na ocasião, foram apresentados resultados de experimentos sobre as culturas de arroz e mandioca.

Segundo o diretor de pesquisa agropecuária, Sérgio Paulo, o arroz e a mandioca são alimentos que fazem parte do dia a dia de milhões de brasileiros e para chegar até a mesa, o processo começa no campo. “Apresentamos os resultados das pesquisas realizadas pelos nossos pesquisadores e parceiros com diversas cultivares de arroz e mandioca, em situações distintas para obter os melhores resultados de produtividade com baixo uso de insumos e resistentes a doenças e ao estresse hídrico”, destaca.

O pesquisador e agrônomo da Embrapa, Adriano Castro, explica que um dos principais objetivos do dia de campo consiste em apresentar a comunidade, por exemplo, as cultivares de arroz com maior eficiência do uso da água e maior tolerância à deficiência hídrica. “Os dois assuntos são preocupações constantes do produtor. Então, a ideia é apresentar novas fontes genéticas de arroz, que contribuam para uma produção mais sustentável e segura no estado de Goiás”, pontua.

O produtor de arroz de Uirapuru, Jerônimo da Luz Peixoto, avalia que a participação no encontro é importante porque é uma oportunidade de receber orientações atualizadas. “Hoje tudo está na técnica. Por isso, não adianta o produtor testar sem saber como fazer. Tenho muita confiança no trabalho que a Emater realiza porque sempre demonstrou preocupaçã em ajudar o pequeno produtor, principalmente, em melhorar a qualidade do que plantamos”, destacou.

Melhoramento da mandioca
O coordenador dos programas de pesquisa de validação e melhoramento genético da mandioca no estado, engenheiro agrônomo, doutor em melhoramento genético de plantas da Emater Goiás, Ivanildo Ramalho do Nascimento Júnior, diz que as pesquisas visam avaliar as cultivares de mandioca lançadas recentemente. Para ele, o Dia de Campo é importante porque a Emater Goiás tem a oportunidade de apresentar os trabalhos com a cultura da mandioca no estado.

De acordo com o coordenador, o programa de validação consiste em avaliar os materiais registrados que já foram lançados no comércio em relação à cultura da mandioca. Ivanildo esclarece que a Emater tem convênios com diferentes instituições de pesquisas, que disponibilizam vários materiais genéticos, para avaliar como se comportam nas diferentes regiões do estado que são distintas em relação ao clima, temperatura e solo.

“A cultura da mandioca possui alta interação com o ambiente, ou seja, é um material que é produtivo em determinada região, porém pode não apresentar uma boa produtividade em outro local. A pesquisa consiste em avaliar as amostras em diferentes regiões de Goiás para, posteriormente indicar ao produtor quais os materiais que são mais adaptáveis às condições de clima e solo”, explica.

Já o melhoramento genético tem o objetivo obter materiais adaptados às condições de clima e de solo em Goiás, sobretudo na Região Norte, onde se encontra a Estação Experimental de Porangatu. O programa de melhoramento genético iniciou-se em 2018, avaliando os materiais que a Emater já possuía em sua própria coleção. A partir das amostras foram utilizadas as melhores características agronômicas como progenitoras de materiais que se está obtendo durante o programa de melhoramento.

“Atualmente, oito linhagens de mandioca são avaliadas, além de duas testemunhas, que são os materiais mais cultivados, com o intuito das amostras serem adaptáveis nos solos das Regiões Norte e Nordeste. A expectativa é que no prazo de um ano, seja registrado materiais de melhoramento genético para ser disponibilizado para o produtor de mandioca de Goiás”, planeja.

Para o produtor do assentamento Bacuri de Uirapuru, Jairo Cardoso dos Santos, o diferencial do encontro é conhecer as novas variedades de mandioca que estão dando bons resultados de produtividade. “Estou confiante, embora a terra da minha região seja um pouco seca, creio que dará certo, pois as pesquisas que a Emater realiza ajudam a diminuir os custos e contribui com o aumento da produção para nós que somos produtores familiares”, anima-se.

Fonte: Emater Goiás

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