Delegação brasileira marca presença na Global Sorghum Conference, que acontece de 5 a 9 de junho em Montpelier.
Uma delegação brasileira com sete membros está na França para apresentar, nesta terça-feira (06 de junho de 2023), o “Movimento + Sorgo”, iniciativa sem divisas e fronteiras, voltada para o estímulo ao cultivo e à diversificação de uso e consumo sustentáveis do cereal nos mais variados segmentos agropecuários e agroindustriais. O detalhamento desta mobilização está na programação da Conferência Global do Sorgo – Resiliência e Sustentabilidade Diante das Mudanças Climáticas (Global Sorghum Conference – Resiliency and Sustainability in the Face of Climate Change), que acontece durante esta semana (5 a 9 de junho) no Centro de Eventos Corum, em Montpelier.
O grupo brasileiro marca presença com os pesquisadores da Embrapa, Vinícius Pereira Guimarães, Cícero Beserra de Menezes, Maria Lúcia Ferreira Simeone, Rafael Augusto da Costa Parrela, Simone Martins Mendes, Valéria Aparecida Vieira Queiroz e com o diretor-executivo da Latina Seeds, Willian Sawa. Guimarães, que é o coordenador do escritório da Embrapa na Europa (Labex-Europa), será encarregado da apresentação. A delegação estará identificada através de um boton que leva a logomarca do Movimento e a imagem da bandeira do Brasil.
Além da projeção do Movimento latino americano na Europa, há uma expectativa de que a presença da delegação colabore para seu reconhecimento internacional, como acontece hoje com duas outras organizações já consolidadas para estimular o cultivo de sorgo no Mundo: Sorghun ID (criada em Bruxelas, na Bélgica) e Sorghun Checkoff (Estados Unidos). “Importante que tudo isso colabore para impulsionar ainda mais o sistema produtivo de sorgo no Brasil, que passa pela produção de sementes, indústrias, agroempresas de recepção e venda de insumos, produtor rural e consumidor final. Será estratégico que nossa participação aqui na França ajude a efetivar o direcionamento de uma ofensiva sul-americana em prol da cultura do sorgo”, avalia Sawa, executivo da Latina Seeds, coidealizadora do Movimento, hoje em fase final de estruturação.
Além da Embrapa e da Latina, a iniciativa prevê a participação/adesão de empresas e organizações públicas e privadas interessadas no crescimento e fortalecimento da cultura. Dentre as ações projetadas estão alianças estratégicas entre empresas e organizações, mapeamento da produção, definição de regiões prioritárias potenciais, viabilização de recursos entre os parceiros canalizados para um fundo de gestão, dias de campo e estratégias de comunicação e marketing (expedições e caravanas técnicas, canais em mídias sociais, etc.).
Toda esta mobilização, em fase final de constituição, tem como objetivo final potencializar a produção e a disponibilidade de alimentos em diversas cadeias produtivas. Neste aspecto, o sorgo é compreendido não como uma cultura individual, mas como um agente coletivo para a segurança alimentar. O movimento, portanto, não prevê o estímulo do seu uso em detrimento de demais cultivos. Ao contrário, prevê que o sorgo funcione como elemento agregador de valor e de impulsão de produtividade em diversos modelos agropecuários adotados nas propriedades rurais, sobretudo no âmbito tropical, bastante afetado nos últimos anos por episódios climáticos.
A apresentação do Movimento está prevista para acontecer na tarde desta terça-feira (06.06). Além de avaliações técnicas e projeções de cultivo, o evento na cidade francesa pode marcar também o início da constituição de uma associação global do sorgo.
Fonte: Ariosto Mesquita