Plataforma de financiamento coletivo impulsiona startups do setor, como COWMED, Sensix, Skydrones e Pomartech, a conquistar investidores e acelerar seu crescimento
O agronegócio desempenha um papel crucial na economia brasileira, destacando-se globalmente como um dos principais setores responsáveis pela produção e exportação de commodities agrícolas, como soja, milho, café, entre outros. Segundo o levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o agronegócio representou 24,8% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional em 2022.
Neste cenário de grande relevância, as startups estão aproveitando oportunidades de negócios e unindo tecnologia ao meio rural ao oferecer soluções tecnológicas que visam resolver problemas no setor ao facilitar o dia a dia, otimizar processos e aumentar a lucratividade de propriedades, fazendas e empresas. As ideias vão desde aplicativos para monitoramento constante da safra até coleiras que traduzem as necessidades do gado leiteiro.
De acordo com o Mapa do Ecossistema Brasileiro de Startups, das 1.753 empresas fundadas no Brasil em 2022, 72 estão voltadas para o agronegócio. Isso significa que a tecnologia tem ganhado cada vez mais espaço nas propriedades rurais, conquistando usuários e despertando interesse de fundos de investimentos, que reconhecem o potencial econômico dessas alternativas.
Transformação de cenário
As agrotechs (também conhecidas como agritechs ou agtechs), como são chamadas as startups que oferecem soluções tecnológicas para o meio rural, precisam de investimentos externos para impulsionar o crescimento e a expansão dos negócios. Assim como as demais startups, costumam obter capital por meio de investidores anjos, grupos de investidores, aceleradoras, venture capital, entre outros.
Paulo Deitos, cofundador da Captable – maior plataforma de investimentos em startups do Brasil -, destaca que o equity crowdfunding é uma forma inovadora de captação de recursos para as agrotechs além de proporcionar o impulsionamento do networking. “Essa é uma estratégia eficaz e segura para conectar investidores a startups early stage, favorecendo os dois lados da moeda e contribuindo para o desenvolvimento das soluções inovadoras”, comenta.
Afinal, como funciona?
Deitos explica que por meio de plataformas como a Captable, interessados em investir podem iniciar com aportes a partir de R$ 1 mil para se tornarem sócios das startups. Além disso, as agrotechs têm a oportunidade de se conectar com investidores interessados em financiar seus negócios. “A Captable já atraiu investimentos para sete agtechs, incluindo a Eirene Solutions, COWMED, Sensix, Skydrones e Pomartech. Os aportes totalizam mais de R$ 11 milhões em 2.252 investimentos únicos realizados por 1.744 investidores”, enfatiza.
Além do setor do agronegócio, a plataforma de financiamento coletivo também tem captado investimentos para diversos outros segmentos, como cleantechs, fintechs, mobitechs, e outros. Até o momento, a Captable conseguiu levantar um total de R$ 96.298.700 – se tornando a primeira no Brasil a se aproximar dos R$ 100 mi – para apoiar 61 startups inovadoras, cujas soluções têm impacto social, ambiental e econômico significativo.
Fonte: Letícia Caetano