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Armadilhas com inteligência artificial são destaque na Fenagri 2023

Os insetos-pragas Anastrepha fraterculus e Anastrepha oblíqua, além da Ceratitis capitata, comumente chamados de moscas-das-frutas do mediterrâneo, são verdadeiras dor de cabeça para os fruticultores do Nordeste brasileiro, principalmente os de uva, manga e melão. A agtech Tarvos leva para a Fenagri 2023, Feira Nacional da Agricultura Irrigada, que começa hoje, 9, e segue até dia 12 de agosto, em Petrolina-PE, um lançamento para auxiliar neste cenário problemático. Serão apresentadas, durante o evento, as armadilhas inteligentes com Inteligência Artificial (IA), à base de feromônio sexual, que auxiliam no monitoramento e controle desses inimigos que causam milhões de prejuízos todos os anos.

A ferramenta é uma importante aliada, já que o monitoramento de culturas perenes para ser eficiente precisa ser contínuo e deve ser feito em todos os pomares com plantas hospedeiras das espécies de moscas-das-frutas. Com isso, o uso de armadilhas automatizadas, como as da Tarvos, permite por meio de dados diários de captura, detectar o momento e região de chegada do inseto, conhecer a flutuação populacional da praga em diferentes épocas do ano, além de identificar os focos de maior infestação. Dessa forma, facilitando a tomada de decisão e aplicação de estratégias de controle com maior assertividade.

Segundo Carolina Suffi, diretora de negócios estratégicos, com a digitalização do monitoramento o objetivo é ter um impacto social-econômico dentro da região, ajudando a classe produtora a acessar novos mercados, que embora sejam mais exigentes, melhor remuneram pela qualidade dos frutos. “Iniciamos uma parceria através do Sebrae Bahia, atendendo pequenos produtores,  para instalar até dezembro 300 armadilhas no Vale do São Francisco, a expansão se dará em demais regiões através do programa com o Sebrae nacional, além de atender produtores particulares na digitalização desses processos, através do projeto Fazenda MIP Digital”, diz.

A respeito dessa atuação na região, Fabrício Almeida, engenheiro agrônomo e coordenador técnico da Tarvos, confidencia que a expectativa é muito boa, “tendo em vista que os fruticultores anseiam por soluções tecnológicas eficazes para o controle de moscas-das-frutas”. Segundo ele, a novidade proporciona mais confiança e velocidade na resposta para o manejo integrado da lavoura.

Como funciona

A armadilha digital da Tarvos, além de utilizar IA e alta tecnologia, consegue medir produtividade e economia no uso de defensivos agrícolas. O equipamento atrai, identifica e contabiliza diariamente exemplares dos insetos-pragas, tornando-se uma aliada altamente eficiente para identificação preventiva de manejo e janela de aplicação de produtos, gerando mais assertividade.

Na prática, estas armadilhas inteligentes atraem os insetos através de um feromônio sexual sintético, atrativo alimentar ou cor, a depender da espécie a ser monitorada, contam com uma câmera que faz o registro e transmite os dados via satélite. “O sistema de reconhecimento de imagem permite o monitoramento em tempo real e on-line, medindo a dinâmica populacional dos insetos-praga de forma constante e simultânea”, explica Nathalia Silva, bióloga, coordenadora de entomologia na Tarvos. “Com as informações em mãos, acertar qual medida adotar se torna mais fácil, principalmente pelo fato da armadilha fornecer dados diários em relação à chegada da praga e seu nível populacional”, completa a especialista.

Feira estratégica

A Fenagri é considerada a maior feira de fruticultura irrigada da América Latina e em sua 28ª edição tem como tema “Agricultura Digital: Tecnologia e Inovação”. O evento movimenta cerca de R$ 250 milhões em negócios e neste ano terá aproximadamente 120 estandes de exposição.

Segundo Carolina, a participação da Tarvos na Fenagri é um marco para o avanço do monitoramento de pragas na região onde a feira é realizada. “Estamos confiantes que nesta oportunidade poderemos encontrar e consolidar importantes parcerias com entidades de pesquisa, associações de produtores, entidades educacionais, além de compartilhar nosso conhecimento de monitoramento digital para esse novo mercado”, completa a diretora da Tarvos.

Fonte: Kassiana Bonissoni 

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