Uma das plantas mais cultivadas no mundo, a cebola é consumida por quase todos os povos do planeta e contribui na rentabilidade e viabilização de pequenas propriedades rurais, tendo elevada importância socioeconômica. Um dos maiores produtores mundiais, o Brasil tem Santa Catarina como líder na produção nacional, com 33%, e a microrregião de Ituporanga a de maior produção no estado. Dentre as preocupações dos produtores naquela que é considerada a capital nacional da cebola é de manter a produtividade em anos de estresses climáticos, com excesso e falta de chuva, calor e luminosidade, entre outros.
Tais desafios, além de dificultar a absorção e assimilação dos nutrientes, também prejudicam o crescimento da cultura, interferindo diretamente na rentabilidade da lavoura. Por essa razão, o objetivo do II Onion Day (Dia da Cebola), que acontece em 16 de agosto, em Ituporanga, será demonstrar como uma adubação nutricionalmente equilibrada e eficiente auxilia no incremento da produtividade e também rentabilidade do negócio.
O engenheiro agrônomo Carlos Alberto Silva Jr., da ICL, que está à frente da realização do evento, que terá
como palestrante a professora-doutora Simone Mello, da Esalq/USP, com amplo conhecimento em nutrição da cebola, explica que o nitrogênio é um nutriente extremamente importante para a cultura e de difícil manejo devido as suas grandes perdas por lixiviação de volatilização. Por isso, a importância de se utilizar fontes de nitrogênio que apresentam liberação gradual, por conseguir não só aumentar a eficiência da adubação como também otimizar as operações, já que fornecerá na adubação de implantação o nutriente requerido durante todo o ciclo.
Uma vez absorvido, o nitrogênio necessita ser assimilado, isto é, ser convertido em moléculas orgânicas, como aminoácidos, e posteriormente proteína, para assim conseguir proporcionar maior crescimento e desenvolvimento da cultura”, diz. O processo de assimilação do nitrogênio requer outros nutrientes importantes como o molibidênio (Mo), o que coloca em evidência o conceito do equilíbrio nutricional, isto é, fornecer a quantidade certa de cada nutriente essencia.
De acordo com o também consultor de desenvolvimento de mercado, Phusion, Polyblen e PotashpluS, algumas das tecnologias da empresa, vêm colaborando com melhores resultados na cultura da cebola.
Phusion é um fertilizante que, além de apresentar todos os nutrientes no mesmo grânulo, possui ainda alta concentração de fósforo (P) com tecnologia para reduzir sua fixação no solo, micronutrientes de liberação gradual e ácidos húmicos e fúlvicos para estimular o enraizamento. Polyblen é um fertilizante granular de liberação gradual que contém nutrientes essenciais para as plantas, além de micronutrientes em diversas formulações adequadas para cada cultura. A liberação gradual permite que os nutrientes sejam liberados ao longo do tempo, o que ajuda a fornecer às plantas uma nutrição equilibrada por um período mais longo, reduzindo a necessidade de reaplicação frequente do fertilizante.
Isso pode ser particularmente útil em culturas em que se fazem várias adubações de cobertura. PotashpluS é um fertilizante de solo que possui o Polysulphate em sua composição, oferecendo uma combinação ideal de quatro nutrientes em uma única aplicação: potássio, enxofre, cálcio e magnésio. Lançamento recente da ICL, veio na proposta de substituir a adubação de cobertura com cloreto de potássio, pois fornece quatro nutrientes no mesmo grânulo e na forma de sulfato de magnésio, sulfato de potássio, cloreto de potássio e sulfato de cálcio. Isso auxilia no processo de construção da fertilidade do perfil do solo, além de reduzir o poder salino do fertilizante, problema bastante corriqueiro em adubações que se utiliza cloreto de potássio.
Silva Jr. afirma ainda que, além da nutrição via solo, a nutrição foliar é um excelente aliado para aumentar a eficiência das adubações feitas via solo, pois consegue fazer o ajuste fino e suplementar a nutrição da planta, potencializando a absorção e assimilação dos nutrientes fornecidos pelas adubações via solo e auxiliando na mitigação de estresses climáticos.
“Para manter a excelência e a liderança no setor, os produtores concentram esforços utilizando as melhores práticas produtivas e tecnologias avançadas e nós temos levado a eles as nossas tecnologias, que têm trazido um aumento de produtividade de 15,35%, ou seja, cerca de 6,5 toneladas a mais por hectare”, revela Silva.
Fonte: Cláudia Rodrigues Santos Nunes