Criada em 2015 por José Damico e Renato Ferraz, a agtech SciCrop monitora e cruza dados de satélites com informações integradas aos sistemas de seus clientes sobre o clima, solo, água e outras variáveis para entregar inteligência ao agronegócio brasileiro, indústrias de alimentos, empresas com atividade ambiental e outras multinacionais do setor primário. Com uma solução inovadora, a startup conquistou seu lugar como uma das 100 Startups to Watch 2023, lista com as cem empresas de base tecnológica mais promissoras do mercado. A SciCrop foi posicionada entre as 8 escolhidas na categoria agronegócio.
O processo seletivo começou em julho e, depois de passar pela etapa de inscrição, as startups enfrentaram uma triagem inicial, na qual 200 negócios foram selecionados para a segunda fase. Competindo com empreendimentos de outros setores da indústria, comércio e serviços, a SciCrop foi avaliada por experts da EloGroup e da Innovc., que deram notas de 1 a 5 para os critérios de grau de inovação, potencial de mercado, negócio, equipe e maturidade da solução.
A solução da SciCrop permite a entrada dos clientes na jornada de analytics e IA pela integração de seus próprios dados em Data Lake, para que, de forma customizada à sua operação, possam criar algoritmos para previsões acertadas de safras e impacto ambiental, além de monitorar e cruzar dados de satélites com informações sobre condições climáticas capazes de gerar insights e análises inteligentes para o agro e cadeias correlatas.
Para Renato Ferraz, sócio-fundador da startup, o reconhecimento é importantíssimo não somente para a agtech, mas também para todo o setor do agronegócio brasileiro. “Nos últimos anos, temos visto muita tecnologia e inovação surgindo no agro. Estamos muito felizes por fazer parte da construção de uma indústria nacional forte, inteligente e promissora. Para os próximos anos, esperamos entregar ainda mais resultados e excelência para nossos clientes e para toda a cadeia produtiva de alimentos do Brasil”.
Os planos da SciCrop para o futuro incluem crescimento e o lançamento de um Nanossatélite próprio com o objetivo de coletar dados sobre todo o centro-oeste brasileiro e permitir autonomia para o Brasil no uso de sensoriamento remoto do campo. De acordo com José Damico, especialista em tecnologias digitais e CEO da SciCrop, a metodologia própria da agtech para coletar e analisar dados é o seu grande diferencial competitivo.
“O monitoramento por satélite integrado com inteligência artificial, Big Data Analytics e outros recursos tecnológicos é complexo, não só porque estamos falando de uma quantidade enorme de informações, mas porque cada cliente tem as suas peculiaridades. Nosso trabalho se destacou quando conseguimos criar um modelo matemático finito capaz de compilar e analisar um grande número de dados para fazer previsões com altos índices de assertividade”, finaliza o executivo.
Fonte: Thais dos Santos Fernandes
