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Dia da Terra: práticas sustentáveis para proteger um dos recursos mais valiosos do planeta

O solo, assim como a água, o ar e a biodiversidade, é um dos pilares fundamentais da vida na Terra. Sua degradação afeta diretamente a capacidade do planeta de sustentar populações humanas e preservar ecossistemas vitais. A demanda global por água deve aumentar em 55% até 2050, segundo a ONU, devido ao crescimento populacional e à intensificação da produção agrícola e industrial. Assim, o Dia da Terra nos lembra que conservar o solo não é apenas um compromisso global com a sustentabilidade e a regeneração ambiental, essencial para o tema das mudanças climáticas, mas também uma questão econômica, por ser a base para a produção agrícola.

No Brasil, onde o agronegócio representa cerca de 30% do PIB nacional, os desafios relacionados à conservação do solo são particularmente relevantes. Diante dessa realidade, é essencial que o empresariado brasileiro amplie sua atuação em prol da conservação do solo e adote uma abordagem mais estratégica sobre o uso sustentável dos recursos naturais.

“Reconhecer que o solo, a água, o ar e a biodiversidade são ativos essenciais para o funcionamento da economia e para a sobrevivência dos negócios é um passo que as empresas devem dar para começar a entender seu papel nessa questão. O impacto desse movimento beneficiaria todo mundo”, declara Eduardo Toshio, Coordenador de Sustentabilidade Aplicada na Fundação Eco+. O uso correto dos recursos naturais é uma das estratégias para valorizar os serviços ecossistêmicos, e os benefícios que eles proporcionam, como a regulação climática, a polinização e a qualidade do solo. “Empresas que adotam esse modelo entendem que investir na saúde do meio ambiente é fundamental para garantir sua própria sustentabilidade econômica e reputacional”, complementa Toshio.

A BASF é uma dessas empresas que investem em tecnologias e iniciativas que adotam práticas mais sustentáveis para preservar o solo. Um desses compromissos é o Programa Mata Viva®, iniciativa pioneira que promove recuperação de áreas degradadas e conservação de matas ciliares, essenciais para a proteção do solo e recursos hídricos. Por meio do programa, a BASF atua diretamente na restauração ecológica em áreas fabris da companhia no estado de São Paulo, incentivando práticas que minimizam impactos ambientais e fortalecem os serviços ecossistêmicos.

A iniciativa de as empresas desenvolverem florestas privadas, ou florestas corporativas, vem da necessidade de combater as mudanças climáticas em curso no todo mundo, principalmente nas grandes cidades, uma vez que as árvores desempenham papel crucial como sumidouro de carbono. Quando árvores são removidas, o solo fica exposto, resultando em menor absorção da água da chuva para reposição do lençol freático, o que contribui para a intensificação de processos de desertificação e escassez hídrica. Além disso, a sensação térmica em regiões com poucas áreas verdes também tende a ser maior, provocando problemas na subsistência e no bem-estar das pessoas.

Desde sua criação, o Programa Mata Viva® está presente nas unidades produtivas da BASF em Guaratinguetá, Jacareí, Santo Antônio de Posse e São Bernardo do Campo acumulando mais de 1,3 milhão de árvores plantadas em 875 hectares de florestas restauradas, além de compensar um total de mais de 185 mil toneladas de carbono ao longo dos 40 anos do programa. Com o Brasil reafirmando seu compromisso com a restauração florestal e conservação de florestas, na sua segunda NDC, as áreas verdes privadas podem contribuir significativamente para a contabilização dessa meta, inclusive. “Quanto mais empresas incentivarem projetos de conservação e restauração florestais no Brasil, melhor será o cenário futuro frente às consequências indesejáveis das mudanças climáticas”, afirma Tiago Egydio, biólogo e gerente da Fundação Eco+.

Complementando essa iniciativa, a Fundação Eco+, consultoria para sustentabilidade mantida pela BASF, oferece um programa de compensação de carbono que incentiva empresas e agricultores a neutralizarem suas emissões por meio de projetos sustentáveis. “A Fundação realiza análises detalhadas do ciclo de vida dos produtos e processos, identificando oportunidades para reduzir emissões e compensá-las de forma eficiente”, explica Eduardo. Esses esforços não apenas ajudam a mitigar os efeitos das mudanças climáticas, mas também promovem a regeneração do solo e a valorização de práticas agrícolas que sequestram carbono, reforçando o papel da agricultura como aliada no combate ao aquecimento global.

Embora o Brasil tenha avançado na agenda que inclui os temas que conciliam a produção com indicadores ambientais, entendemos que há um longo caminho para trazer métricas e caminhos para sua implementação. “A celebração do Dia da Terra reforça a interdependência entre todos os elementos naturais – terra, água, ar, plantas e animais – e nos desafia a agir de forma mais consciente e responsável. Temos que aproveitar os desafios nacionais propostos na agenda climática, como já mencionado sobre a restauração e conservação de florestas, mas também na agenda da mudança de uso do solo para conversão de pastagens degradadas em áreas de produção agrícola mais sustentáveis. Na BASF, acreditamos que cada ação conta, e nosso trabalho em prol da conservação do solo é parte de um esforço maior para proteger o planeta e criar um futuro sustentável para as próximas gerações, diz Egydio.

As estratégias da companhia estão alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente ao 15, que visa proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres. Por meio de parcerias estratégicas e investimentos em pesquisa e desenvolvimento, a empresa busca contribuir para um futuro em que a agricultura seja capaz de alimentar uma população crescente sem comprometer os recursos naturais. Em 2024, cerca de 2,1 bilhões de euros foram utilizados em pesquisa e desenvolvimento.

De forma prática, contribuir para a mitigação do aquecimento global envolve o sequestro de carbono e seu armazenamento no solo. As florestas desempenham um papel fundamental na regulação do ciclo hidrológico, ajudando a manter a qualidade e a quantidade da água disponível, bem como a captura de carbono da atmosfera: esse processo retira dióxido de carbono da atmosfera e o transforma em compostos orgânicos que melhoram tanto a qualidade do solo quanto do ar, promovendo saúde e vida. “A conservação do solo é um dever coletivo, essencial para assegurar a saúde do planeta, tanto para as gerações atuais quanto para as futuras”, finaliza Toshio.

Fonte: Maquina Cohn Wolfe <larissa.batalha=

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