O programa IAC-Quepia anunciou hoje que 40 especialistas de 18 países, dos cinco continentes, confirmaram presença na reunião anual do Consórcio Internacional de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura. Realizado pela primeira vez no Brasil, o encontro ocorre no período de 23 a 25 de outubro em um hotel da paulista Louveira, cidade do chamado Circuito das Frutas, no entorno de Jundiaí. O evento também será dedicado à comemoração dos dez anos de existência do Consórcio Internacional.
Coordenado pelo pesquisador científico Hamilton Ramos, financiado com recursos privados, o programa IAC-Quepia resulta de uma parceria entre o setor empresarial e o Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, localizado no município de Jundiaí.
Conforme Ramos, a reunião tratará de diretrizes e normas para avaliação, mitigação e comunicação de riscos químicos com pesticidas nas pequenas propriedades, nas quais se utilizam principalmente pulverizadores costais e semiestacionários no trabalho de aplicação de agroquímicos. O Consórcio tem por objetivo central prevenir a exposição humana a esses compostos. Integram a entidade países como Alemanha, Bélgica, Estados Unidos e França.
Os EPI agrícolas, objeto de pesquisas do IAC-Quepia há 17 anos, reforça o pesquisador brasileiro, constituem equipamentos largamente utilizados na agricultura mundial, visando a proteger o trabalhador rural nas aplicações de agroquímicos, além de auxiliar na utilização correta e agronomicamente eficaz dos produtos para controle de pragas, doenças e plantas daninhas.
“Os pesquisadores confirmados são especialistas, representantes de empresas privadas e de órgãos oficiais do setor, de dentro e fora do país. Realizaremos um balanço das atividades do Consórcio desde sua criação, além de discutir o cenário atual de exposição a riscos e planejar o futuro de maneira harmônica.”
Segundo Ramos, por meio de visitas técnicas, os integrantes do Consórcio conhecerão também iniciativas brasileiras como os treinamentos do Programa Aplique Bem e o laboratório de pesquisa e desenvolvimento do IAC- Quepia.
No Brasil, complementa Ramos, o trabalho de pesquisa do programa IAC-Quepia resultou na queda das reprovações de qualidade de EPI agrícolas fabricados localmente, que eram da ordem de 80% do montante analisado em laboratório, em 2010, para os atuais menos de 20%.
Fonte: Fernanda Campos