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15º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura debate alternativas para o uso racional de antimicrobianos

Usado há mais de seis décadas na suinocultura, os antimicrobianos desempenharam um papel fundamental no desenvolvimento da cadeia produtiva ao agirem na promoção da saúde e bem-estar dos animais. O grande desafio neste contexto é o uso racional desta ferramenta, debate que foi tema da abertura da programação científica do 15º Simpósio Brasil Sul de Suinocultura (SBSS), nesta terça-feira (8). O evento, promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), acontece em formato híbrido, com transmissão a partir de Chapecó.

O médico veterinário Edilson Dias Caldas, especialista em ciência animal, falou sobre a conscientização do uso de antimicrobianos, falhas de diagnóstico, disponibilidade de alternativas, prescrições equivocadas, adoção de boas práticas de produção para garantir a biosseguridade, novas tecnologias e técnicas de manejo que estão por vir.

O palestrante apresentou uma pesquisa realizada em 2023, com mais de 200 veterinários, zootecnistas, produtores rurais e técnicos agrícolas, que apontou quais são as estratégias mais importantes para auxiliar no uso racional de antimicrobianos. Limpeza e desinfecção, programa de vacinação e manejos básicos bem executados foram as técnicas mais apontadas pelos entrevistados. 

Edilson destacou que estratégias tanto relacionadas aos agentes, que são as bactérias, quanto medidas ligadas aos suínos, e às granjas, devem ser bem planejadas. “De forma geral, é preciso adotar boas práticas de produção, fazer alguns ajustes na infraestrutura quando necessário, ter um programa preventivo de vacinas e monitorias e um programa de biosseguridade ativo”, salientou. 

Outras ferramentas válidas para o uso racional dos antimicrobianos são minimizar fatores estressantes, garantir a qualidade da água e criar um programa nutricional que explore alternativas, como os eubióticos. “Existe uma gama muito grande de alternativas, como ácidos, probióticos, prebióticos, enzimas, o mais importante neste ponto é testar essas opções dentro da sua realidade, pois temos realidades muito diferentes nas granjas”.

Visto que a redução do uso de antimicrobianos é algo setorial, Edilson reforçou o envolvimento de todos os atores da cadeia produtiva como fator primordial para avançar neste processo. “Todos os profissionais que atuam na cadeia, como médicos veterinários, suporte técnico, órgãos fiscalizadores, pesquisadores, empresas farmacêuticas devem estar envolvidas. Já avançamos muito, mas tem muita novidade por vir em relação a vacinas, tecnologias de diagnóstico, microbiota, genética e monitoramento de enfermidades, por exemplo, para aplicarmos no campo”, finalizou o médico veterinário.

Fonte: MB Comunicação Empresarial

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